O resultado trimestral da Caixa Econômica Federal era para ser de R$ 8 bilhões a R$ 9 bilhões, de acordo com o presidente da instituição, Pedro Guimarães. No segundo trimestre, o lucro líquido do banco foi de cerca de R$ 6,3 bilhões.
A diferença das cifras, de acordo com Guimarães, se dá por impactos como a redução da taxa de administração do FGTS, sob responsabilidade da Caixa. No ano, a mudança consumiu R$ 3 bilhões de lucro do banco público.
Outro fator, conforme o presidente da Caixa, é a necessidade de provisionar perdas econômicas por problemas em gestões passadas, de 2009 a 2015. No período, o banco calcula um prejuízo de mais de R$ 46 bilhões.
“Antigamente, esses fatores eram muito importantes. Hoje, são pouco relevantes e a Caixa consegue ter aumento de lucro a despeito da redução da taxa do FGTS e perdas econômicas com créditos e investimentos mal feitos”, disse o presidente da Caixa, em coletiva de imprensa, no período da manhã.
Ele destacou ainda que o banco teve o maior lucro no primeiro semestre da história. “Foi o segundo maior lucro semestral, só atrás do segundo semestre de 2019”, acrescentou.
Para gerar lucro ao banco, segundo Guimarães, é só não “roubar” e não emprestar para empresa que não vai pagar, não patrocinar times de futebol.
“Eu prefiro emprestar para 500 mil micro empresas, cuja inadimplência é muito menor e há uma pulverização pelo Brasil”, afirmou o presidente da Caixa. “É melhor do que emprestar para duas grandes. Não há possibilidade grande de corrupção uma vez que o tíquete médio dos empréstimos é de R$ 100 mil e não de R$ 10 bilhões, R$ 15 bilhões”, concluiu.
Por Aline Bronzati
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