Na análise do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), a trajetória da economia ainda depende da evolução da pandemia e os riscos permanecem. Diversos dirigentes apontaram na última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), de 27 e 28 de julho, que a incerteza é alta, dado o progresso lento nas vacinações e os desdobramentos relacionados à variante delta do coronavírus, que representam riscos para a perspectiva econômica. A informação foi divulgada nesta quarta-feira, com a publicação da ata do encontro.
Participantes do conselho também julgaram que os efeitos da pandemia sobre a cadeia de suprimentos e a escassez de mão de obra devem complicar a tarefa de interpretar os dados recebidos e avaliar a velocidade com que os fatores no lado da oferta se dissipam.
“Enquanto os participantes, em geral, esperam que as pressões inflacionárias se atenuem, uma vez que os efeitos transitórios se dissipem, diversos dirigentes pontuaram que interrupções maiores do que o previsto na cadeia de suprimentos e o aumento nos custos de insumos podem sustentar a pressão de alta sobre os preços em 2022”, consta no documento.
Os indicadores de atividade econômica e emprego continuaram a se fortalecer com o avanço da vacinação, avaliam os membros do Fomc. Os setores mais impactados pela economia demonstraram melhora, porém não se recuperaram totalmente ainda, pontuam os dirigentes. “De modo geral, as condições financeiras permaneceram acomodatícias, em parte refletindo as medidas políticas para apoiar a economia e o fluxo de crédito para as famílias e os negócios americanos.”
Os dirigentes observaram que a atividade econômica continuou a se expandir rapidamente no primeiro semestre do ano e esperam que o crescimento econômico siga “forte” no atual.
Por André Marinho, Gabriel Caldeira, Ilana Cardial e Matheus Andrade
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