A ISA Cteep (TRLP4) divulgou o resultado do quarto trimestre de 2019 na quarta-feira (4). A transmissora obteve um lucro líquido atribuído aos controladores de R$ 515,7 milhões entre outubro e dezembro de 2019, cifra 27,7% menor que a registrada em igual período do ano anterior. Levando em conta o resultado regulatório, que considera os investimentos como ativo imobilizado e depreciado considerando sua vida útil, o lucro caiu 22,8% no período, para R$ 345,4 milhões.
A receita líquida foi de R$ 729 milhões no trimestre, crescimento de 5,8% na base anual. No ano, o total foi de R$ 3,25 bilhões, crescimento de 1,4%.
O grande destaque foi o desempenho operacional medido pelo Ebitda Ajustado, que foi de R$ 670,9 milhões no trimestre (crescimento de 17,6% na base anual) com margem Ebitda de 83,3%, 8.6 pontos percentuais acima do registrado no 4T2018. No ano, o Ebitda apresentou pouca variação frente a 2018 e fechou em R$ 2,45 bilhões.
O lucro líquido foi de R$ 350 milhões no trimestre, uma queda de 22,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. Porém, há um efeito base no cálculo devido a distribuição de JCP realizada pela companhia em dezembro de 2018, o que resultou numa economia tributária e consequente aumento no lucro daquele período.
Analistas esperam impacto positivo no preço das ações (TRPL4), embora sua alta recente limite o potencial de valorização no curto prazo. A empresa segue como uma das principais referências no setor de transmissão de energia do Brasil.
Parte dos resultados da companhia provém da parcela de indenizações sobre os ativos não amortizados existentes até 2000 e que encerrarão em 2025. O mercado deve acompanhar com atenção o próximo leilão de energia a ocorrer em junho desse ano, visto que há uma preocupação de como a companhia irá conseguir arrematar lotes sem perdas expressivas de rentabilidade e distribuição de dividendos.
A Isa Cteep arrematou recentemente três blocos no leilão de transmissão de energia, com investimento total de R$ 1,3 bilhão e receita anual permitida (RAP) de R$ 76 milhões.
A empresa segue com baixo nível de endividamento financeiro, com relação dívida líquida/Ebitda de 1 vez.
A companhia distribuiu R$ 995 milhões em 2019 de dividendos e juros sobre capital próprio, o que representa um retorno bruto em dividendos/JCP de 6,3%.
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