Em plena era das fintechs, com os mais jovens acalentando o sonho de atuar na construção da chamada nova economia, a chance de trabalhar no Banco do Brasil (BB) ainda mexe com os brasileiros. Em 26 de setembro, 1,646 milhão de pessoas disputarão 2.240 vagas de escriturário na instituição bicentenária, no maior processo seletivo na história do País, segundo a Fundação Cesgranrio, que organiza o concurso.
O número de candidatos equivale a mais de 10% do efetivo em busca de trabalho no Brasil. Conforme o IBGE, ao fim do primeiro trimestre deste ano, 14,7 milhões de pessoas tentavam encontrar uma ocupação, o maior contingente da série histórica do instituto.
Além de sair da fila, os candidatos às vagas oferecidas no BB disputam um salário mensal pouco acima de R$ 3 mil, por 30 horas semanais de dedicação. Outros 2.240 pessoas preencherão a reserva, aguardando uma chance de serem convocadas para preencher os quadros no futuro.
Dentre os inscritos, a grande maioria se candidatou para atuar como agente comercial. Pouco mais de 40 mil, para atuar na área de tecnologia. Das postos oferecidos, 2 mil são para agente comercial e 240 para agente de tecnologia, com a mesma proporção para a reserva. Mas 20% das vagas serão reservadas a cotas para “pessoas pretas ou pardas” e outros 5%, para portadores de deficiência, atendendo à legislação.
O que está em jogo, entretanto, é bem mais do que o salário oferecido. “Acreditamos que os candidatos foram atraídos pelas oportunidades de ascensão e encarreiramento que o BB oferece, além do conjunto de benefícios”, disse por meio de nota enviada pelo banco o vice-presidente corporativo do BB, Ênio Mathias. Segundo ele, o número de inscritos surpreendeu a instituição.
Somente os auxílios de refeição e alimentação, junto à cesta de alimentação oferecidos pelo BB adicionam quase 50% à remuneração inicial. No pacote constam ainda participação nos lucros ou resultados, conforme a legislação e o acordo sindical, vale-transporte, auxílio-creche, auxílio a filho com deficiência, previdência complementar e assistência à saúde.
Por Marcelo Mota
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