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Taxas do Tesouro Direto recuam apesar de preocupação com PEC dos precatórios

Resultado do varejo brasileiro em junho decepcionou o mercado (Foto: Shutterstock)

As taxas de retorno dos títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto recuavam nesta quarta-feira (11), em meio ao ambiente político mais estável após as tensões da véspera, mas a preocupação fiscal limita as quedas.

No cenário político, investidores voltam suas atenções para a provável votação do projeto de lei que muda as regras do imposto de renda para pessoas físicas e empresas, e que deve definir a nova alíquota do imposto de renda que passará a ser cobrada sobre os dividendos distribuídos pelas empresas, caso a proposta seja aprovada. Além disso, o jornal Valor Econômico relatou que o governo incluiu na PEC dos precatórios um dispositivo que permitiria evitar a chamada “regra de ouro”, que impede que o governo emita novas dívidas para pagar as despesas, agravando a preocupação com a situação fiscal do País.

Sobre o desempenho econômico do Brasil, o resultado do varejo brasileiro em junho, que registrou queda de 1,7% nas vendas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), veio abaixo das projeções, decepcionando o mercado. O instituto também revelou que a produção industrial encolheu em dez dos 15 locais pesquisados na passagem de maio para junho.

No exterior, chama a atenção o resultado da inflação ao consumidor nos Estados Unidos em julho, que desacelerou a 0,5%, de 0,9% no mês anterior. O dólar chegou a recuar ante o real após a divulgação do indicador, mas voltou a se valorizar em seguida. Os juros futuros apresentavam leve recuo.

Cotações

A remuneração do título público Tesouro Prefixado 2024 recuava a 9,06% ao ano, de 9,13% na terça-feira (10). O Tesouro Prefixado 2026 oferecia juros anuais de 9,42%, ante 9,47% no fechamento anterior.

Dentre os títulos indexados à inflação, o Tesouro IPCA+ 2026 oferecia taxa de retorno anual de IPCA mais 4,23%, ante IPCA mais 4,24% na véspera. A rentabilidade do Tesouro IPCA+ 2045 recuava a IPCA mais 4,46% ao ano, de IPCA mais 4,49% no último fechamento.

Títulos públicos

O Tesouro IPCA (antiga NTN-B) proporciona ao investidor uma rentabilidade em termos reais. É um título que paga uma taxa fixa acrescida da variação do IPCA (inflação).

O Tesouro Prefixado (antiga LTN) é um título prefixado, e por isso o investidor tem a exata noção de qual será o retorno obtido desde o dia que efetuar a compra até a data do vencimento do título.

Já o Tesouro Selic (antiga LFT) é um título que proporciona ao investidor uma rentabilidade pós-fixada atrelada à variação da taxa Selic.

Títulos públicos são ativos de renda fixa que possuem a finalidade de captar recursos para o financiamento da dívida pública e financiar atividades do Governo.

Vale destacar que a taxa de retorno e o preço dos títulos públicos têm comportamento inversamente proporcional, ou seja, quando um sobe o outro cai.

Veja as taxas dos títulos públicos disponíveis para compra nesta quarta-feira:

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