Pré-candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PSB, o ex-governador Márcio França recebeu o apoio do PDT em um movimento que pretende ser o “embrião” de uma aliança nacional entre as duas siglas. Dirigentes das duas legendas, do PV e da Rede Sustentabilidade têm se reunido com o intuito de formar chapas conjuntas nas capitais para tentar quebrar a polarização entre bolsonaristas e o PT nas eleições municipais.
Na capital, porém, PV e Rede ainda não fecharam questão. “Estamos costurando uma frente nacional anti-ódio com o PSB, PDT, PV e Rede. São Paulo será o modelo dessa aliança”, disse o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi.
O anúncio oficial da aliança será feito no dia 12, quinta-feira, em um evento na capital com a presença do ex-presidenciável Ciro Gomes (PDT) e as cúpulas nacionais de PSB e PDT.
Questionado sobre o diálogo que mantinha com a ex-prefeita Marta Suplicy (sem partido), Lupi disse que ela queria se filiar ao PDT para ser vice de Fernando Haddad (PT) na disputa em São Paulo. “Ninguém filia alguém para vice. Marta impôs essa condição (ser vice do Haddad)”, disse o dirigente. Procurada pela reportagem, Marta não se manifestou até a publicação desta matéria.
Segundo o presidente do PSB, Carlos Siqueira, a base do acordo entre as legendas será a “reciprocidade”. No Rio de Janeiro, o PSB vai apoiar a candidatura da deputada estadual Marta Rocha à prefeitura da capital. “Estamos conversando com PV e Rede nas principais cidades onde temos afinidades”, disse Siqueira.
O presidente nacional do PV, José Luiz Pena, afirmou que as conversas com França estão em andamento, mas ainda não há nada fechado. “Há uma janela aberta para esse diálogo”, afirmou.
Por Pedro Venceslau,
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