O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assinou nesta sexta-feira um decreto que, segundo a Casa Branca, tem o objetivo de aumentar a competição entre as empresas do país. Durante um discurso, o democrata afirmou que a medida fortalecerá as leis antitruste americanas e disse que há “muita concentração” no setor das chamadas “big techs”, as grandes empresas de tecnologia.
“Capitalismo sem competição não é capitalismo, é exploração”, declarou Biden. “A competição justa é a razão pela qual o capitalismo tem sido a maior força mundial de prosperidade e crescimento”, acrescentou.
Segundo o chefe da Casa Branca, as companhias precisam “competir pelos trabalhadores”. Ele explicou que uma das medidas contidas no decreto instruirá a Comissão Federal de Comércio (FTC, na sigla em inglês) a banir ou limitar acordos em que os funcionários são impedidos de aceitar ofertas de trabalho de empresas concorrentes.
Em nota divulgada mais cedo, o governo americano ressaltou que, em mais de 75% das indústrias do país, um número pequeno de grandes empresas detém hoje maior participação de mercado do que 20 anos atrás.
“Hoje vou assinar um decreto para promover a competição, para baixar os preços, para aumentar os salários e para dar mais um passo crucial em direção a uma economia que funcione para todos”, disse Biden no discurso.
O presidente dos EUA também afirmou que, devido ao “sucesso” da vacinação contra a covid-19 e ao pacote fiscal aprovado em março, a economia tem se recuperado. Ele frisou que agora é preciso focar no longo prazo, em uma alusão a sua proposta de investimentos em infraestrutura.
Por Iander Porcella
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