As bolsas da Europa fecharam em alta nesta quarta-feira, 26, à exceção de Frankfurt. Após fortes quedas nesta semana, em resposta à rápida disseminação do coronavírus pelo Velho Continente, o tom dos mercados foi de recuperação no pregão de hoje, mesmo que parcial. O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em leve alta, de 0,02%, perto da estabilidade, aos 404,62 pontos.
O coronavírus segue em foco. A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou hoje que não se deve ter pressa para classificar o surto como uma pandemia. Ainda assim, hoje, a Grécia reportou seu primeiro caso, enquanto na Itália, Espanha e Alemanha o número de infectados continua subindo e provocando mortes. Argélia entrou para a lista de países afetados pelo vírus.
Em relatório enviado a clientes, a BBH alerta que as autoridades de saúde ainda não declararam o surto atual como uma pandemia, mas que isso deve ser uma questão de tempo. A instituição lembra que há muitas dúvidas em torno do surto. “Essa cadeia oculta de infecção é irritante para o mercado, para dizer o mínimo”, diz a nota.
Na falta de indicadores relevantes da economia do bloco, o mercado também esteve de olho nos balanços de grandes empresas da região. A montadora francesa Peugeot divulgou lucro e receita maiores que o previsto para 2019 e a companhia elétrica espanhola Iberdrola também superou as expectativas de lucro anual. A ação da Peugeot subiu 4,75% em Paris, a da Iberdrola teve valorização de 4,69% em Madri.
Em Londres, o FTSE-100 fechou em alta de 0,35%, a 7.042,47 pontos, e o CAC-40 avançou 0,09% em Paris, a 5.684,55 pontos. Em Madri, o Ibex 35 fechou em alta de 0,71%, a 9.316,80 pontos.
Em Lisboa, o PSI-20 registrou alta de 0,63%, a 5.110,34 pontos. Em Milão, após o tombo do início da semana, o FTSE MIB conseguiu fechar no território positivo, com a maior alta entre as bolsas europeias, de 1,44%, com 23.422,54 pontos. Destaque para as ações da Fiat, que fecharam em valorização de 4,60%.
Em Frankfurt, o índice DAX-30 fechou em queda de 0,12%, com 12.774,88 pontos, na contramão dos demais índices.
Por Marcela Guimarães
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