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A indústria está mais confiante, mas os serviços não

(Foto: Divulgação)

A indústria está mais confiante mas os serviços, não. A Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgou, na manhã desta sexta-feira, os indicadores de confiança dos Serviços e da Indústria referentes a fevereiro. O Índice de Confiança de Serviços (ICS) recuou 1,7 ponto para 94,4 pontos, o menor valor desde outubro de 2019. Em médias móveis trimestrais, o índice cedeu 0,3 ponto, interrompendo a tendência ascendente iniciada em julho do ano passado.

Segundo a FGV, o ICS voltou aos níveis de setembro de 2019 e devolveu quase todos os ganhos obtidos nos últimos meses do ano passado. Segundo Rodolpho Tobler, economista da FGV, o que mais chamou a atenção no resultado foi a diminuição das expectativas após três meses de alta. “A combinação sugere um início de ano com ritmo lento e poucas perspectivas de recuperação mais forte nos próximos meses”, diz Tobler.

Apesar da piora das expectativas, o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) do setor de serviços subiu pelo segundo mês consecutivo, ao variar 0,6 ponto percentual em fevereiro, para 82,9%, o maior nível desde junho de 2016.

INDÚSTRIA – Já a confiança da indústria melhorou em fevereiro. O Índice de Confiança da Indústria (ICI) avançou 0,5 ponto para 101,4 pontos, mesmo nível de março de 2018. Com o resultado, o índice registra a quarta alta consecutiva e um avanço de 6,0 pontos desde outubro de 2019.

O Nuci da indústria subiu 0,5 ponto percentual para 76,2%, mesmo valor observado em outubro de 2018. Em médias móveis trimestrais, o NUCI subiu 0,3 ponto percentual, passando de 75,4% em janeiro para 75,7% em fevereiro.

Segundo Renata de Mello Franco, economista da FGV, a alta das expectativas de demanda justificou a melhora do índice. No entanto, diz ela, a sondagem para os próximos três meses indica certa cautela. Mello Franco adverte que a pesquisa foi produzida com dados coletados até o dia 21 de fevereiro. “Ela não capturou, portanto, a piora do cenário econômico mundial com a divulgação de casos de coronavírus na Europa e no Brasil.”

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