As bolsas asiáticas fecharam em baixa nesta terça-feira (8), após o comportamento misto de Wall Street ontem e com investidores atentos a riscos inflacionários que possam levar a uma retirada prematura de estímulos monetários.
O índice acionário japonês Nikkei caiu 0,19% em Tóquio hoje, a 28.963,56 pontos, enquanto o Hang Seng registrou perda marginal de 0,02%, a 28.781,38 pontos, o sul-coreano Kospi se desvalorizou 0,13% em Seul, a 3.247,83 pontos, e o Taiex recuou 0,05% em Taiwan, a 17.076,21 pontos.
Na China continental, os mercados também ficaram no vermelho, pressionados por ações de fabricantes de bebida alcoólica e de mineradoras. O Xangai Composto teve baixa de 0,54%, a 3.580,11 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 0,86%, a 2.392,13 pontos.
Nesta semana, as atenções globais estão voltadas para o índice de preços ao consumidor (CPI) dos EUA, que será divulgado na quinta-feira (10) e poderá determinar o rumo da política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Em abril, o CPI da maior economia do mundo deu um salto anual de 4,2%, o maior desde 2008.
Nos últimos meses, surgiram temores de que pressões inflacionárias, uma consequência do processo de recuperação da economia mundial após os choques da pandemia de Covid-19, forcem o Fed e outros grandes BCs a reverter agressivas medidas de estímulo monetário mais cedo do que se imaginava.
Antes do CPI americano, a China publica seus últimos números de inflação no fim da noite de hoje, pelo horário de Brasília.
A falta de apetite por risco na Ásia se seguiu também a um pregão apático em Nova York, cujas bolsas fecharam sem direção única e com variações modestas ontem, também na expectativa para os dados de inflação dos EUA.
No Japão, a queda anualizada do seu Produto Interno Bruto (PIB) entre janeiro e março foi revisada, de 5,1% para 3,9%.
Na Oceania, a bolsa australiana contrariou o tom negativo da Ásia e subiu levemente, ficando bem próxima de renovar sua máxima de fechamento. O S&P/ASX 200 avançou 0,15% em Sydney, a 7.292,60 pontos. (Com informações da Dow Jones Newswires).
Por Sergio Caldas
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