O Índice de Estoques (IE) do comércio paulistano sofreu a segunda queda seguida em fevereiro, ao recuar 3%, informou a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). O índice passou de 120,4 pontos, em janeiro, para 116,8 pontos. Na comparação com fevereiro de 2019, a baixa foi de 2,1%.
Segundo a pesquisa, a proporção dos empresários que consideraram os estoques adequados diminuiu, caindo 1,8 ponto porcentual (p.p) na comparação com janeiro e 1,2 p.p. em relação a fevereiro do ano passado.
Apesar do aumento da diferença entre os estoques de grandes e pequenas empresas, o cenário não é preocupante. De acordo com a FecomercioSP, o recuo na velocidade das movimentações do comércio é normal para o período.
Entre as empresas menores, 25,4% estão com estoques altos; enquanto nas grandes, a proporção é menor, em 12,2%. Para os que consideram os estoques baixos, a parcela é de 16,3% entre as pequenas e de 18,3% nas grandes. A diferença ocorre porque as empresas menores têm menos capital de giro para efetuar novos pedidos. Já o excesso de estoque significa recursos parados.
A recomendação da Federação é que os pequenos comerciantes que tenham mais dificuldade para realizar ajustes de estoque se atentem às novas tecnologias e inovações, especialmente com foco na proximidade com o cliente.
O índice é apurado mensalmente pela FecomercioSP com dados de cerca de 600 empresários do comércio no município de São Paulo.
O indicador vai de 0 a 200 pontos, representando, respectivamente, inadequação total e adequação total. A pesquisa é referente ao município de São Paulo, mas sua base amostral reflete o cenário da região metropolitana.
Por Emilly Behnke
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