A Gol apresentou lucro líquido depois da participação minoritária e de ajustes cambial e monetário de R$ 344,7 milhões no quarto trimestre de 2019 comparado a um prejuízo de R$ 350,8 milhões em igual período do ano anterior. A empresa divulgou ainda que o lucro antes da participação minoritária foi de R$ 436,3 milhões, queda de 42,1% em igual comparação.
Os resultados foram sustentados pelo ganho de receita frente ao maior volume de passageiros. Já o Yield médio por passageiro de 33,17 centavos (R$), um aumento de 13,8% ante igual período do ano anterior.
Em 2019, o lucro líquido depois da participação minoritária foi de R$ 648 milhões (excluindo variações cambial e monetária), revertendo o prejuízo de R$ 834,6 milhões em igual período do ano anterior.
A margem líquida em 2019 chegou a 4,7%, crescimento de 12 pontos porcentuais na comparação anual.
Já o Ebitda fechou em R$ 1,465 bilhão, crescimento de 180% na comparação com igual período do ano anterior. Em 2019, o Ebitda fechou em R$ 4,373 bilhões, crescimento de 91,9% ante 2018.
A margem Ebitda alcançou 38,5% no trimestre, aumento de 22,2 pontos porcentuais na comparação anual. No fechamento de 2019, a margem Ebitda foi de 31,5%, um crescimento de 11,5 p.p. frente o ano anterior. Segundo a empresa, a projeção para 2020 para margem Ebitda é da ordem de 30%.
A empresa apontou que a receita líquida atingiu R$ 3,8 bilhões, a maior já registrada pela aérea, um crescimento de 18,8% em relação a igual trimestre de 2018.
No ano de 2019, a receita líquida chegou a R$ 13,9 bilhões, um aumento de 21,5% comparativamente a 2018. A projeção de receita líquida para 2020 é de aproximadamente R$ 15,4 bilhões – revisada nesta quinta-feira dos R$ 15,5 bilhões anteriores.
Alavancagem
A Gol divulgou que sua alavancagem, medida pela relação dívida líquida sobre o Ebitda, caiu para 2,4 vezes no quarto trimestre de 2019 na comparação com 3,2 vezes em igual período do ano anterior. A dívida líquida da empresa caiu 9,8% no trimestre, para R$ 9,089 bilhões.
Segundo balanço divulgado, a Gol disse ter aumentado o seu nível de liquidez e reduzido o seu custo de endividamento no trimestre. “Em 31 de dezembro de 2019, a companhia atingiu uma posição de liquidez total de R$ 4,3 bilhões, incremento de R$ 1,3 bilhão em relação a 31 de dezembro de 2018”, afirmou.
Ainda conforme a empresa, o prazo médio de vencimento da dívida de longo prazo da companhia no trimestre, incluindo os leasings e financiamentos de aeronaves, é de 3,5 anos.
Por Cristian Favaro
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