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Cade aprova negócio da Brink’s, mas proíbe empresa de fazer aquisições por 3 anos

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, com restrições, a compra pela Brink’s da transportadora de valores Tecnoguarda, que atua nos Estados de Goiás e Mato Grosso. Para dar o aval à operação, porém, o conselho firmou um acordo com as empresas que prevê que a Brink’s não poderá adquirir novas empresas neste setor por três anos em todo o País.

O julgamento foi apertado e duas conselheiras votaram pela reprovação do negócio. No ano passado, o Cade já havia imposto restrição semelhante à Prosegur.

Na ocasião, o órgão aprovou a compra da Transvip, mas também determinou que a Prosegur não poderá comprar novas transportadoras por três anos.

Clientes

Usuários de transporte de valores têm relatado ao Cade dificuldades de contratar e postura coordenada das empresas líderes do setor, entre elas a Brink’s e a Prosegur.

Em ofícios enviados ao Cade em diferentes processos, empresas como TecBan, que é dona do Banco24horas, McDonald’s, Magazine Luiza e Drogasil relataram barreiras para contratar transportadoras concorrentes e denunciaram existir uma postura de não concorrência entre as três maiores – o que caracterizaria um cartel.

“Há fortes indícios de coordenação, que não podem mais ser ignorados pelo Cade”, disse o advogado da TecBan, José DelChiaro, no julgamento desta quarta-feira.

Por Lorenna Rodrigues

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