A companhia norte-americana Bunge registrou lucro líquido de US$ 831 milhões (US$ 5,52 por ação) no primeiro trimestre deste ano, informou a empresa nesta terça-feira, 4. Com o resultado, a companhia reverte o prejuízo líquido de US$ 184 milhões (US$ 1,46 por ação) obtido em igual período do ano anterior.
Em base ajustada, o lucro líquido foi de US$ 3,13 por ação, ante lucro líquido ajustado de US$ 0,91 por ação obtido em igual intervalo de 2020. Após a divulgação dos resultados financeiros, os papéis da Bunge avançavam 1,64% no pré-mercado da Bolsa de Valores de Nova York, sendo negociados a US$87,24 por ação, às 10h10 de Brasília.
No período, a receita avançou 41,3%, de US$ 9,17 bilhões para US$ 12,96 bilhões. O segmento de agronegócio foi responsável pelo montante de US$ 9,79 bilhões em vendas líquidas, no primeiro trimestre deste ano, alta de 53,4%, ante o faturamento de US$ 6,38 bilhões reportado em igual período de 2020. As vendas da Divisão de Óleos Especiais e Refinados subiram 17%, de US$ 2,33 bilhões no primeiro trimestre de 2020 para US$ 2,73 bilhões no primeiro trimestre do ano. A Divisão de Açúcar e Energia reportou vendas de US$ 54 milhões, alta de 8% ante os US$ 50 milhões reportados em igual intervalo do ano anterior.
Este foi o terceiro trimestre seguido de alta na receita da companhia e também o terceiro em que reverte prejuízo em lucro. A Bunge atribuiu o resultado trimestral à crescente demanda externa por grãos e às fortes vendas de safras por agricultores da América do Norte e da Austrália que impulsionaram os negócios de comercialização e processamento de grãos.
A empresa também afirmou que a recuperação no setor de Foodservice e a crescente demanda por biocombustíveis impulsionaram sua unidade de óleos refinados e especiais. “Estamos otimistas de que o ambiente de demanda favorável no primeiro trimestre continuará em 2021”, disse o CEO da companhia, Greg Heckman, em comunicado divulgado para imprensa e investidores.
Quanto aos bloqueios relacionados à pandemia da Covid-19, a Bunge disse que até o momento não constatou nenhuma interrupção significativa em sua cadeia de suprimentos e que foi capaz de mitigar os problemas de logística e distribuição.
Por Isadora Duarte, com informações da Dow Jones Newswires
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