O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, repetiu nesta quarta-feira, 14, que o sistema financeiro está se tornando uma indústria de dados, com mais produção, armazenamento e interpretação dessas informações. “É impressionante a mudança recente no processo de tecnologia, com mudanças muitos fortes no sistema financeiro. Nos próximos três ou cinco anos, o sistema financeiro vai mudar mais do que o que mudou nos últimos dez anos”, afirmou, no evento “Open Banking: Oportunidades Ilimitadas”, promovido pela Embaixadora da Índia no Brasil e pela Tata Consultancy Services (TCS).
Ele reforçou que a recuperação a sociedade demanda uma recuperação pós-pandemia mais inclusiva e sustentável. “Temos muito em comum com a Índia, que fez uma digitalização muito grande da sua população. Queremos seguir esse caminho também”, comparou.
Campos Neto voltou a citar o PIX como o maior projeto tecnológico desenvolvido pela autoridade monetária, atualmente com 206 milhões de chaves cadastradas. “Temos um ticket médio de R$ 750, maior do que imaginávamos. O instrumento teve uma absorção muito rápida”, avaliou.
Segundo ele, a plataforma poderá evoluir para um sistema de prestação de serviços pelo governo. “À medida que você vai acumulando experiências, percebe que o processo pode ter outras dimensões. Podemos expandir a plataforma para termos outros graus de eficiência”, completou.
Por Eduardo Rodrigues e Fabrício de Castro
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