O dólar ficou sem direção única nesta sexta-feira, 13, ante os principais rivais, em uma sessão que refletiu perspectivas para a postura dos principais bancos centrais. A moeda americana recuou ante o euro, após o Banco Central Europeu (BCE) cortar juros na sessão anterior, mas enviar sinais que ainda estão sendo interpretados sobre seus próximos passos. Já o iene e a libra recuaram, com expectativa pelas reuniões do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) e do Banco da Inglaterra (BOE, na sigla em inglês) na próxima semana.
O índice DXY, que mede a variação da moeda americana ante uma cesta de pares fortes, fechou em alta de 0,04%, a 107,003 pontos. Perto do fechamento de Nova York, o dólar avançava a 153,68 ienes, a libra tinha queda a US$ 1,2618 e o euro avançava a US$ US$ 1,0497.
O dólar permanece forte, com o DXY novamente perto do seu máximo pós-2022, aponta a Capital Economics. “Indiscutivelmente, a força do dólar esta semana reflete principalmente notícias decepcionantes contínuas de outras grandes economias. Embora os dados de inflação dos EUA desta semana para novembro tenham sido altos, os detalhes dos relatórios sugerem que o índice de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) apontará que as métricas serão consideravelmente mais fracas”, avalia.
“Ainda achamos que o Fed entregará outro corte de 25 pontos-base na quarta-feira. Dado que os mercados monetários já percorreram um longo caminho na definição dos preços dos cortes do Fed ao longo dos últimos meses, e o posicionamento permanece enviesado para posições compradas em dólares, o nosso cenário base continua a ser a consolidação contínua do dólar até ao final do ano, antes de outra etapa mais alta no próximo ano”, conclui a consultoria.
Sobre o BCE, a Capital Economics avalia que pontua que os comentários da presidente Christine Lagarde e as informações vazadas à imprensa foram vistos por investidores como mais “hawkish” que o esperado. Por sua vez, a sonsultoria acredita que não seria surpresa se o banco acelerasse o ritmo dos cortes nas taxas em algum momento do próximo ano. “Vale a pena lembrar que antes da crise financeira global, os cortes de 50 pontos base eram, na verdade, mais comuns do que os cortes de 25 pontos base. Também achamos que o banco reduzirá as taxas de juros um pouco mais do que o desconto no mercado”.
Hoje, Emmanuel Macron nomeou François Bayrou como o novo primeiro-ministro da França, pelo que cabe agora a ele formar um governo. Para a Capital Economics, mesmo que tenha sucesso, parece muito improvável que o governo tenha a vontade e a capacidade para resolver os problemas fiscais de França.
Por Matheus Andrade, especial para o Broadcast
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