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Operação Contragolpe: General Fernandes pediu transferência para dar ‘apoio afetivo’ à família

Desde que foi preso preventivamente Operação Contragolpe, no dia 19 de novembro, o general Mário Fernandes vinha buscando a transferência do Rio de Janeiro para Brasília. Esse foi seu primeiro pedido, ainda na audiência de custódia, que ocorreu no mesmo dia da prisão. A transferência foi autorizada nesta segunda-feira, 2, pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF).

Quando foi ouvido na audiência, conduzida pelo juiz Rafael Henrique Janela Tamai Rocha, auxiliar de Moraes, o general disse que essa era uma “preocupação” e que ele gostaria de estar perto da esposa e dos três filhos.

“Eu tenho esposa, um filho ainda menor, e estou custodiado na cidade do Rio de Janeiro. Essa seria também uma solicitação: a minha transferência para Brasília o quanto antes, para que eu pudesse, pelo menos por proximidade, ter o apoio e poder dar o apoio, ainda que somente afetivo, à minha família”, afirmou.

A audiência de custódia serve para o juiz avaliar a legalidade do cumprimento do mandado de prisão. São analisados aspectos como o tratamento dispensado ao preso. O general confirmou que tudo ocorreu regularmente. A prisão preventiva foi mantida.

Quando foi preso, o general foi levado ao 1º Batalhão de Polícia do Exército, no Rio de Janeiro. Ele será transferido para o Comando Militar do Planalto, no Distrito Federal.

Além da transferência, Moraes também autorizou visitas da esposa e dos filhos, virtual e presencialmente. Outras visitas – exceto dos advogados – precisam ser previamente autorizadas pelo ministro.

Mário Fernandes é um dos 37 indiciados pela Polícia Federal por organização criminosa, golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático. A PF afirma que ele foi o autor do plano “Punhal Verde e Amarelo” para prender ou executar o ministro Alexandre de Moraes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice Geraldo Alckmin (PSB).

Por Rayssa Motta

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