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Petróleo fecha em alta acima de 3%, com geopolítica, dólar enfraquecido e riscos à oferta

Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta acima de 3% hoje, em uma sessão marcada pela intensificação de riscos geopolíticos. Desdobramentos dos conflitos entre Rússia e Ucrânia e no Oriente Médio aumentaram o temor pelo suprimento da commodity, elevando assim os prêmios de risco do mercado. O petróleo se valoriza ainda em um dia de queda do dólar, o que vinha pressionando os preços, já que a commodity é cotada na moeda americana.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para dezembro fechou em alta de 3,36% (US$ 2,25), a US$ 69,17 o barril, enquanto o Brent para janeiro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), subiu 3,18% (US$ 2,26), a US$ 73,30 o barril.

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia afirmou hoje que o uso de mísseis de longo alcance dos Estados Unidos por parte da Ucrânia, em medida autorizada pelo presidente americano Joe Biden, vai significar o “envolvimento direto” dos EUA em uma ação militar contra a Rússia, além de ser uma “mudança radical na essência e natureza do conflito”. O presidente russo, Vladimir Putin, alertou Biden que a permissão adiciona “combustível ao fogo” da guerra entre Rússia e Ucrânia e que isso aumentaria as tensões internacionais.

No Oriente Médio, as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) anunciaram, na tarde desta segunda-feira, que interceptaram uma aeronave “hostil” não tripulada vinda do Líbano. A notícia ampliou os ganhos do petróleo nesta tarde.

Ainda hoje, a Reuters informou que a Equinor, da Noruega, paralisou a produção de seu campo petrolífero Johan Sverdrup, o maior da Europa Ocidental, devido a uma queda de energia em terra, disse a empresa nesta segunda-feira. Estão em andamento trabalhos para restabelecer a produção, mas não se sabe quando ela seria retomada, acrescentou um porta-voz da empresa.

Segundo o TD Securities, sua análise dos aspectos internos do mercado de matérias-primas aponta para sinais emergentes de força nas expectativas de demanda pelo petróleo, apesar das persistentes pressões dos preços do dólar.

Por Matheus Andrade, especial para o Broadcast

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