O bitcoin tinha tendência de queda e volatilidade ampliada nesta segunda-feira, 4, com investidores ajustando posições às vésperas da eleição presidencial nos Estados Unidos. Ainda que o resultado seguisse incerto, uma pesquisa mostrando vantagem da democrata Kamala Harris em Iowa, habitualmente um estado que prefere os republicanos, motivou realização em ativos que vinham se beneficiando do “trade Trump”.
O bitcoin recuava 1,15% nas últimas 24 horas até 17h, a US$ 67.866,01, segundo a Binance. Na máxima em 24 horas, a criptomoeda tocou US$ 69.500,00. O ethereum, por sua vez, tinha perdas de 0,84%, a US$ 2.431,51 no mesmo intervalo.
Depois dos ganhos recentes, em parte impulsionados pelo avanço do candidato republicano Donald Trump nas pesquisas de intenção de voto e, principalmente, nas plataformas de apostas, o bitcoin recuava nos últimos dias, conforme investidores adotavam postura mais defensiva antes das eleições.
Analistas da Presto notam que no Polymarket, site de apostas em que as de chances de vitória de Trump chegaram a ser de 66,9% em outubro, a corrida ficou mais equilibrada, com 58% de chances para o republicano e 42% para Kamala Harris. “As mudanças acompanham pesquisas divulgadas recentemente”, dizem.
Ainda, notam que a volatilidade do mercado cresceu, com a do bitcoin em 80,30% (acima de 72,20%) e a do ethereum em 82,92% (acima de 75,40%), enquanto os traders se preparam para mais oscilações de mercado relacionadas às eleições.
No entanto, se os últimos ciclos eleitorais servirem de exemplo, o bitcoin deve avançar após a eleição independentemente do resultado. Segundo análise da CoinDesk, a criptomoeda subiu 12.000%, 3.600% e 478% em um ano após as eleições de 2012, 2016 e 2020, respectivamente.
Por Matheus Prado, especial para o Broadcast
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