O Santander Brasil seguiu como um dos maiores geradores de resultados do Grupo em todo o mundo no terceiro trimestre deste ano. Teve o segundo maior lucro entre as operações do conglomerado espanhol, de 630 milhões de euros, atrás apenas do Santander Espanha, que registrou resultado de 1,081 bilhão de euros no mesmo período.
Tanto no balanço brasileiro quanto no espanhol, o Santander local observou um aumento das receitas em relação ao mesmo período do ano passado, aumento esse que foi mais acelerado que o das provisões contra a inadimplência e também das despesas.
A margem financeira líquida do banco por aqui influenciou o desempenho consolidado do Grupo. “Foi digno de nota o crescimento da margem na divisão de Consumo, especialmente na Europa devido a maiores volumes e à reprecificação de ativos e no Brasil, favorecida por maiores volumes e juros mais baixos”, disse o Santander.
No informe de resultados, o banco afirma que a economia brasileira continua a surpreender pelo dinamismo, com um crescimento na casa dos 3% e desemprego abaixo de 7%. Por outro lado, o informe do Grupo destaca que a inflação acelerou em setembro, e que as expectativas para o índice no médio prazo continuam acima do centro da meta, que é de 3%.
O Santander Brasil é a maior operação do Grupo no mundo. Registrou a maior receita nos nove primeiros meses deste ano, e fechou o terceiro trimestre com 55.915 funcionários. Embora o número represente uma redução de 1.807 postos em um ano, é maior que todo o contingente de funcionários do banco na América do Norte, por exemplo.
A operação brasileira também ocupa, tradicionalmente, o posto de maior geradora de resultados do conglomerado. Nos últimos dois anos, porém, perdeu essa posição devido ao aumento da inadimplência e também dos juros. Ao contrário do que ocorre na Espanha, o balanço do Santander Brasil tem correlação negativa com os juros, ou seja, a margem do banco com mercado tende a diminuir quando os juros básicos do País sobem.
Por Matheus Piovesana
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