O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) lançou nesta quarta-feira, 4, Pacto pela Diversidade, Equidade e Inclusão nas Empresas Estatais Federais. Assinado por 34 estatais, o documento propõe o estabelecimento de mecanismos de cooperação para o aprimoramento de políticas públicas relacionadas ao tema e de estratégias que promovam a diversidade nas empresas.
Com a assinatura do pacto, considera o MGI, espera-se o compartilhamento de boas práticas e maior agilidade na implementação de medidas para promover maior diversidade, equidade e inclusão nas empresas. O documento prevê acompanhamento e apoio do MGI para que as empresas consigam consolidar os trabalhos propostos.
Para a ministra da Gestão, Esther Dweck, a assinatura deve alavancar o compartilhamento de estratégias que promovam políticas públicas relacionadas ao tema. “As estatais geram mais de 400 mil empregos diretos e certamente são uma força indutora de boas práticas no mercado. E esse pacto está totalmente alinhado à missão do MGI de construir um Estado realmente inclusivo”, avaliou.
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, que preside uma das signatárias, disse que o pacto é um símbolo que consolida trabalhos que já têm sido conduzidos, mas que precisam ter sua relevância relembrada diariamente. “Com participação dos demais, unimos esforços para construir um ambiente mais justo e representativo”, afirmou durante o evento de assinatura.
Além de Chambriard e Dweck, estavam presentes a ministra da Povos Indígenas do Brasil, Sonia Guajajara, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, e o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida. Também estavam presentes representantes das estatais signatárias do pacto.
A diretora de Administração e Finanças da Infra S.A. Elisabeth Braga, que representou a estatal especializada em estruturação de projetos para o setor de transportes, diz que a estruturação de políticas de pluralidade vai além do ambiente de trabalho. “A diversidade é extremamente importante para o desenvolvimento dos nossos projetos, uma vez que são empreendimentos em diversos Estados e que beneficiam e impactam todos os estratos sociais”, observa.
O último Relatório Agregado das Empresas Estatais Federais aponta que a participação de mulheres no quadro funcional das estatais em 2023 era de 38,5% e a de homens era de 61,5%. A diferença entre a participação de homens e mulheres era mais alta entre os empregados com mais de 11 anos de serviço na empresa, faixa na qual dois em cada três empregados são homens.
Já entre as pessoas com 10 ou menos anos de serviço, a distribuição é de 51,3% homens e 48,7% mulheres, indicando uma relação mais equilibrada na dinâmica recente do quadro funcional das estatais.
Por Luiz Araújo
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