As bolsas de Nova York fecharam em queda nesta terça-feira, com o Nasdaq ostentando perda de 3%, após dados mais fracos que o esperado divulgados nos Estados Unidos desencadearem uma reação forte nesta semana de espera pelos indicadores do mercado de trabalho americano (payroll), previsto para sexta-feira. O setor de semicondutores esteve entre os mais pressionados com um tombo de 8,42% da Nvidia. As ações da Boeing pesaram sobre o Dow Jones em meio a potencial aumento de custo e piora de recomendação.
O Nasdaq fechou com queda de 3,26%, aos 17.136,30 pontos. O índice Dow Jones perdeu 1,51%, aos 40.936,93 pontos, após ter cravado novo recorde de fechamento aos 41.563,08 pontos antes do feriado. O S&P 500 teve variação negativa de 2,12%, aos 5,528,93 pontos. No mês de agosto, os três índices acumularam ganhos.
Entre os dados divulgados hoje, os PMIs industriais da S&P Global e do ISM frustraram o consenso de analistas consultados pela FactSet. Os investimentos em construção também ficaram aquém do previsto.
No bloco das empresas de semicondutores, a Nvidia teve a maior perda em valor de mercado em sua história, de US$ 230 bilhões, segundo a Dow Jones Market Data. A Intel caiu 8,80% e a Broadcom, 4,4%. A Advanced Micro Devices recuou 7,99%. Com a queda desta terça, o Nasdaq ficou abaixo da média móvel de 50 dias. O índice Russell 200, que concentra ações de empresas de baixa capitalização de mercado, as small caps, cedeu 3,30%
As ações da Boeing despencaram 7,32%, a US$ 161,02, e responderam pela segunda maior baixa porcentual entre os 30 ativos do índice Dow Jones, atrás da Intel. O Wells Fargo rebaixou a recomendação para a ação de manter para venda e reduziu o preço-alvo de US$ 185 para US$ 119, citando pressões de grandes atrasos e custos adicionais, o que pode limitar o fluxo de caixa livre.
Outros ativos com contribuição relevante para pressionar o Dow Jones foram o Goldman Sachs (-4,47%) e 3M (-2,85%).
*Com informações da Dow Jones Newswires
Por Patricia Lara, especial para a AE*
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