O dólar era negociado perto da estabilidade no exterior no fim da tarde desta quarta-feira, 14, após o mercado resgatar a expectativa de que o Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) deve cortar juros em 25 pontos base em setembro, na sequência de dados de inflação consumidor nos Estados Unidos sem surpresas. A moeda americana avançava frente à libra, após dados da inflação ao consumidor (CPI) do Reino Unido abaixo do esperado, e também ante o iene.
O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, fechou com variação de 0,01%, a 102,568 pontos. No fim desta tarde, a libra cedia a US$ 1,2832 e o euro avançava a US$ 1,1017. A moeda japonesa se depreciava, com o dólar em alta para 147,34 ienes.
O índice de preços ao consumidor (CPI) de julho nos Estados Unidos mostrou variação abaixo de 3% em 12 meses pela primeira vez desde março de 2021. Mas o dado apenas confirmou as expectativas e devolveu o otimismo dos investidores sobre a possibilidade de corte de 50 pontos base pelo Fed, que havia sido reforçada, ontem, pelo índice de preços ao produtor (PPI) de julho abaixo do esperado.
A libra esterlina, contudo, teve uma reação acentuada de queda após o CPI do Reino Unido subir 2,2% em julho, na comparação anual, levemente abaixo da previsão de analistas, o que pode manter a confiança do Banco da Inglaterra para cortar novamente a taxa básica de juros.
O dólar também ganhou terreno ante o iene, em meio a repercussões sobre a decisão do primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, de não disputar a reeleição para líder do Partido Liberal Democrata (PLD) em meio à baixa popularidade de sua administração.
Analistas dos UBS Wealth Management avaliam que dado o descontentamento doméstico com o iene fraco, as opiniões do próximo líder do partido sobre a política cambial e a independência do banco central estarão em foco, segundo nota divulgada hoje.
Por Patricia Lara, especial para o Broadcast
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