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Lula: Economia brasileira não está o paraíso dos paraísos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitiu que a economia brasileira não está o “paraíso dos paraísos” mas, segundo ele, está tendo um desempenho melhor do que se pensava que ia ter no momento. Ao destacar a importância de fazer o dinheiro circular no País, Lula voltou a criticar o patamar da taxa de juros, a Selic.

“A economia brasileira não está o paraíso dos paraísos, até porque, quando ela crescia 14% ao ano, não era o paraíso”, comentou o presidente durante reunião com a indústria farmacêutica para anúncio de investimentos nesta quarta-feira, 14, no Palácio do Planalto. “Naquele tempo, havia diversidade entre economia e ideologia; a economia crescia 14% e a juventude era perseguida porque tentava derrubar o regime militar”, comentou.

Apesar de admitir que há melhorias a serem feitas na economia, Lula destacou o atual cenário econômico nacional. “Este momento que estamos vivendo agora é graças, primeiro, à existência de vocês, que acreditam que esse país pode ser melhor, às pessoas que compõem o governo, aos companheiros dos bancos públicos que sabem que o dinheiro tem que circular”, disse.

Na avaliação do petista, “não tem sentido”, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) não ter recursos para investimentos. “Todos os países do mundo têm banco de desenvolvimento que investiu para o crescimento econômico. Só que no Brasil, de repente, se achou que o BNDES era um estorvo, que o BNDES estava emprestando dinheiro demais, que não sobrava espaço para os outros, mas não é verdade”, comentou.

O presidente, então, criticou o patamar da taxa de juros: “Quanto menos atrativa for a taxa de juros para que as pessoas vivam de dividendos e especulação, mais dinheiro é necessário para mais investimento”, disse.

Ao enaltecer o momento econômico brasileiro, Lula disse que, “logo logo”, o Brasil chegará ao menor nível de desemprego da história nacional. “Se não é tudo aquilo que a gente queria, é mais do que a gente pensava que ia ter agora.”

Por Sofia Aguiar e Caio Spechoto

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