A Polícia Federal (PF) espera que o processo de retirada dos corpos das 62 vítimas do local da queda do avião da Voepass ocorra até o fim deste sábado, 10, segundo Carlos Palhares, que lidera a Área de Perícias Externas do Instituto Nacional de Criminalística da PF. As vítimas do desastre que aconteceu na tarde desta sexta-feira, 9, em Vinhedo (SP), estão sendo levadas para o IML Central de São Paulo.
De acordo com o superintendente da PF em São Paulo, Rodrigo Sanfurgo, os policiais estão coletando objetos pessoais e documentos que podem ser essenciais para a identificação das vítimas. A posição de cada um na aeronave também será analisada pelos peritos.
“O trabalho segue incansavelmente, a Polícia Federal está com efetivo muito grande aqui no local, justamente para que a gente consiga terminar o mais rápido possível”, disse Sanfurgo. “Bens, objetos pessoais, posição na aeronave, todos os fatores estão sendo analisados de forma minuciosa e cuidadosa para possibilitar a identificação.”
Até o início da tarde deste sábado, as forças de resgate já haviam retirado 31 dos 62 corpos das vítimas da tragédia. Os únicos identificados são o do piloto, Danilo Santos Romano, de 35 anos, e do copiloto Humberto de Campos Alencar e Silva, de 61 anos. Eles foram identificados por estarem na cabine, que ficou mais preservada.
De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), esse é o acidente com o maior número de vítimas fatais desde a queda da aeronave da TAM, em São Paulo, em 17 de junho de 2007, que matou 199 pessoas. Em número de mortes, é o quinto maior da aviação comercial brasileira.
O avião da Voepass fazia o trajeto entre Cascavel (PR) e o Aeroporto de Guarulhos. O ATR 75-200 caiu em um condomínio no bairro Capela, em Vinhedo. Especialistas acreditam que a queda tenha sido motivada por adversidades climáticas e uma formação de gelo que prejudicou a sustentação da aeronave.
Por Hugo Henud e Gabriel de Sousa
Be First to Comment