O dólar recuou levemente contra divisas desenvolvidas, depois da inflação PCE dos EUA apontar desaceleração tal qual o esperado em junho e apoiar as expectativas por cortes de juros na economia americana em 2024.
No fim da tarde em Nova York, o dólar caía a 153,72 ienes, o euro avançava a US$ 1,0858 e a libra tinha alta a US$ 1,2874. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrava baixa de 0,04%, a 104,309 pontos.
Pela manhã, o dólar subia contra euro e iene, mas perdeu o ímpeto após o PCE americano indicar desinflação em junho. Hoje, o dado do índice de inflação preferido do Federal Reserve (Fed) avançou em 0,1% ao mês, e 2,5% na comparação anual em junho, confirmando as projeções de analistas. Segundo a Pantheon, a leitura de hoje sugere que a inflação americana pode voltar à taxa de 2% ao ano muito antes do que o esperado e dar início a um forte ciclo de flexibilização monetária.
Segundo analistas do City Index, a moeda japonesa vem sendo apoiada também por uma possibilidade de elevação das taxas de juros pelo Banco do Japão (BoJ) na próxima semana, e ganha força contra o dólar.
A Capital Economics pontua que o mercado cambial vive um período de relativa calmaria, enquanto as incertezas sobre a política eleitoral americana seguem elevadas. Neste cenário, uma leve aversão ao risco foi observada nesta semana, enquanto o índice DXY não acumulou grandes movimentos, mas moedas de refúgio, como o franco suíço, receberam fluxo de investidores mais elevado, o que ressalta a insegurança de traders.
Também hoje, o rublo russo se desvalorizou em ritmo acelerado contra o dólar, após o BC da Rússia elevar as taxas de juros em 200 pontos-base, a 18%, retomando ciclo de aperto monetário e alertando sobre possibilidade de novas altas nas próximas reuniões.
Por Gabriel Tassi Lara
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