O técnico do Banco Central Caio Fernandes disse hoje que a plataforma do Drex, projeto de moeda digital da autoridade monetária, pode começar a ser implementado de forma diferente da visão da autoridade monetária. Segundo o servidor, é possível que se opte por um modelo intermediário nesse início.
“Pode ser que, inclusive, até a viabilidade da plataforma não seja exatamente como a visão do futuro do Banco Central e, em algum momento, a gente precise fazer uma visão intermediária, que lá na frente a gente chegue na visão de futuro. Fazer uma visão mais factível no médio e curto prazo”, disse em evento sobre blockchain, no Rio.
Fernandes, que é chefe-adjunto de unidade da gerência do centro de infraestrutura de tecnologia do BC, acrescentou que os testes para implementação do Drex, hoje, consideram algo como 100 a 150 transações por dia. De acordo com ele, não se espera um volume de transações próximo do Pix.
Indagado sobre os principais desafios do sistema de pagamentos instantâneo, ele afirmou que a capacidade é o maior entrave do ponto de vista da tecnologia. “Temos um time pequeno, hoje, dentro do Banco Central, e a parte de restrição orçamentária e de pessoal tem complicado bastante”, disse.
Fernandes lembrou que há uma dificuldade de se investir no Pix de acordo com as necessidades do sistema, que registra um aumento próximo de 5% nas transações a cada mês.
Por Cícero Cotrim
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