Um inquérito recém-concluído pela Polícia Civil de Alagoas aponta sete adolescentes como autores de montagens pornográficas com o rosto de colegas de escola. Segundo a investigação, o grupo usava inteligência artificial para manipular as imagens de meninas conhecidas e planejava comercializá-las por R$ 10 cada em redes sociais.
Em abril, foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas residências dos suspeitos, que moram em bairros de classe média alta em Maceió. Equipamentos eletrônicos, como smartphones, tablets e notebooks foram apreendidos e analisados por perícia técnica. A operação recebeu o nome de Deepfake.
A manipulação de imagens consiste em fotomontagens nas quais, devido à alteração, as alunas aparecem nuas, produzindo falsos nudes. A partir de uma foto da pessoa vestida, a ferramenta analisa suas características e substitui a imagem por um corpo bastante semelhante, só que nu.
Segundo os delegados responsáveis pela investigação, os jovens com idades entre 14 e 16 anos são apontados como autores de atos infracionais análogos a uma série de crimes, como divulgação de imagem pornográfica contendo adolescente, difamação em rede social e associação criminosa.
O inquérito policial será enviado à Vara da Infância e da Juventude de Maceió. O material será analisado pelo Ministério Público, que vai decidir se apresenta ou não denúncia.
Por Leonardo Zvarick
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