A subsecretária de Política Fiscal do Ministério da Fazenda, Débora Freire, disse nesta quinta-feira, 18, que as pioras consecutivas sobre a projeção do déficit em 2024, capturadas pelo boletim Prisma Fiscal, podem ser explicadas pelas ações tomadas pelo governo em razão da calamidade no Rio Grande do Sul.
Ela lembrou, por sua vez, que os recursos aplicados para socorrer o Estado não são contabilizados na meta fiscal. Freire pontuou que, após meses de melhora nas projeções do resultado primário, as expectativas pioraram nos relatórios de junho e julho, o que também foi verificado na projeção da dívida bruta do governo geral (DBGG).
Segundo o último Prisma publicado na sexta-feira, 12, os analistas de mercado ouvidos mensalmente pela Secretaria de Política Econômica (SPE) projetaram que o governo entregará um resultado primário com déficit de R$ 81,424 bilhões em 2024. A estimativa piorou em relação ao documento anterior, de junho, que projetava um rombo de R$ 79,715 bilhões.
Freire destacou ainda que, embora existam essas pioras na projeção do resultado primário, o mercado tem elevado suas expectativas de arrecadação para o ano. O Prisma deste mês revisou de novo para cima as previsões do mercado para as receitas federais em 2024, com a estimativa passando de R$ 2,603 trilhões para R$ 2,613 trilhões. No caso da receita líquida, a previsão passou de R$ 2,127 trilhões para R$ 2,132 trilhões.
Por Amanda Pupo e Giordanna Neves
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