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Busca por crédito sobe 14% em abril/março, mas cai 24% ante o quarto mês de 2023

A busca por financiamento no Brasil registrou alta de 14% em abril após cair 13% na comparação com março deste ano. No entanto, o Índice Neurotech de Demanda por Crédito (INDC) apresentou queda de 24% em relação ao quarto mês de 2023. Foi o sétimo recuo consecutivo do indicador que mede mensalmente o número de solicitações de financiamentos nos segmentos de varejo, bancos e serviços.

A expansão do INDC em abril ante março de 2024 foi impulsionada pelo setor financeiro, que teve crescimento de 19%, seguido do varejo, com alta de 9%. Em contrapartida, o setor de serviços cedeu 3%.

Já no confronto com abril do ano passado, o segmento varejista foi novamente o principal responsável pelo declínio do INDC, com queda de 24%. Bancos e demais instituições tiveram recuo de 8% na demanda por crédito, enquanto o setor de serviços foi o único a registrar aumento: cresceu 9%.

A despeito do crescimento do INDC em abril em relação ao mês anterior deste ano, o cenário segue exigindo cautela, dadas as recentes quedas. Segundo Natália Heimann, head de produtos Analytics da Neurotech e responsável pelo indicador, há ainda uma grande incerteza sobre a possibilidade de recuperação geral nos próximos meses.

A executiva lembra que é importante levar em consideração que o INDC teve queda expressiva em março – de 26% no confronto com o mesmo mês de 2023. “É importante que as empresas de crédito estejam atentas ao comportamento dos consumidores que, a esta altura, estão cautelosos perante uma economia que ainda é instável, mesmo com queda da taxa de juros”, afirma.

Recorte

No varejo, apenas a categoria de Supermercado apresentou alta, de 4%, na comparação com abril de 2023. Já o setor de Vestuário apresentou o maior recuo (-50%), seguido de Lojas de Departamento (-31%), Eletro/Móveis (-22%) e Outros (-6%).

Em abril no confronto com março de 2024, só a categoria Supermercado cedeu (-4%). Lojas de Departamento, Eletro/Móveis, Outros e Vestuário se recuperaram, com altas de 28%, 16%, 5% e 4%, pela ordem.

Por Maria Regina Silva

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