O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, informou, nesta quarta-feira 29, que pediu ao vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, para conversar com fabricantes de linha branca sobre o Rio Grande do Sul.
“Linha branca” é o segmento de produção de eletrodomésticos, como refrigeradores e lavadoras. Na ocasião, Lula reivindicou a produção de bens da mesma qualidade, com preços mais baixos.
“Eu já pedi para o Alckmin conversar com os companheiros que fabricam a linha branca para que, nesse momento, no Rio Grande do Sul, as pessoas levem em conta que a gente vai ter que oferecer produtos da mesma qualidade, mas mais baratos, para que o setor também possa dar contribuição”, disse o presidente da República.
Em seguida, Lula fez referência a empresários do setor de carnes e disse que houve um compromisso para a chegada de proteína animal no estado gaúcho.
Lula reuniu ministros e secretários para anunciar medidas ao Rio Grande do Sul e disse que estão trabalhando na construção de um plano para evitar desastres em outros locais.
O presidente afirmou que o enfrentamento à calamidade tem sido “um sucesso” e disse que o governo tem atendido demandas do governador Eduardo Leite (PSDB) e de prefeitos.
Junto a Lula, estavam o vice-presidente Geraldo Alckmin, os ministros Carlos Fávaro (Agricultura) e Luciana Santos (Ciência e Tecnologia) e os secretários-executivos da Fazenda, Dario Durigan, e da Casa Civil, Miriam Belchior.
O governo diz já ter disponibilizado R$ 62,5 bilhões ao Rio Grande do Sul, por meio de um crédito extraordinário, e R$ 23 bilhões com a suspensão da dívida do estado por três anos e a isenção de juros sobre o total.
Em 7 de maio, o Congresso Nacional aprovou um decreto que reconhece a situação de calamidade pública no estado gaúcho até 31 de dezembro.
Por Caio Spechoto e Victor Ohana
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