Os empregados da Eletrobras aprovaram, na noite da segunda-feira, 28, a indicação dos sindicatos para que a categoria permaneça em estado de greve até o fim das assembleias que irão votar a realização de uma greve por tempo indeterminado. O protesto se deve à insatisfação da categoria com a proposta da empresa para o Acordo de Trabalho Coletivo (ACT) 2024/25.
“A proposta (da Eletrobras) é considerada como muito ruim pelos dirigentes sindicais. Além de prever redução salarial e demissões para parte dos trabalhadores, a empresa quer mexer em questões sensíveis como plano de saúde e plano de cargos e salários”, afirma o CNE em nota, que espera para hoje a oficialização da proposta da companhia, permitindo assim a declaração da greve.
A Eletrobras propôs em um primeiro momento reduzir em 12,5% os salários abaixo de R$ 16 mil e negociar caso a caso quem ganha acima desse valor.
Em seguida, a empresa reduziu o corte para 10% e, na última e quinta proposta, retirou da mesa de negociação o corte de salários para quem recebe abaixo de R$ 16 mil.
“Tudo isso soa contraditório, uma vez que a Eletrobras acabou de registrar lucro de R$ 4,4 bilhões, distribuiu R$ 1,3 bilhão em dividendos e remunera seus administradores com R$ 83 milhões”, avalia o CNE. “Nas negociações recentes, a direção da Eletrobras só recuou quando os trabalhadores entraram em greve e foram mediar no Tribunal Superior do Trabalho (TST). Pelo visto, este ano não será diferente”, concluiu.
Por Denise Luna
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