O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira, 20, que o consumo de aço no Brasil está baixo e vai aumentar. Ele deu a declaração em solenidade com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, representantes do setor siderúrgico e outros ministros, no Palácio do Planalto.
“Tenho certeza que o consumo de aço vai aumentar muito, ele está num patamar inaceitável”, declarou Haddad.
Ele afirmou que medidas na área microeconômica permitem o governo apoiar comércio, indústria e serviços.
Haddad citou a redução na inflação e o câmbio. Segundo ele, o valor do Real está estável, apesar da taxa de juros dos Estados Unidos e outros fatores da economia global. Também mencionou a aprovação da reforma tributária e o marco das garantias.
O ministro disse que Lula herdou uma série de dificuldades do governo anterior – apesar de não ter citado o chefe da última gestão, Jair Bolsonaro. Segundo ele, o presidente já enfrentou dificuldades antes, mas dessa vez “o destino caprichou”.
“É fundamental colocar ordem na bagunça que foi herdada desse período”, disse o ministro. “Este ano vai ser infinitamente melhor do que o ano anterior, e assim sucessivamente”, afirmou ele.
Haddad afirmou que o governo conduz uma política macroeconômica responsável.
Protecionismo
O ministro da Fazenda defendeu ainda a criação da cota-tarifa para importação de aço e disse que os países centrais da economia global estão mais protecionistas.
“O MDIC Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços foi muito bem em eliminar concorrência desleal em aço”, disse Haddad.
Ele também afirmou que o País precisa ficar atento para mudanças geopolíticas. Segundo ele, isso não é adotar “dogmas sem olhar o comportamento dos parceiros”.
Haddad afirmou que o Brasil tem a capacidade de alavancar sua produção de aço com medidas voltadas à indústria automobilística e com o Minha Casa, Minha Vida.
Aço verde
O ministro da Fazenda disse também que o Brasil será mais competitivo no mercado global de aço se mirar na produção verde. “O aço verde terá apelo no mercado internacional”, disse Haddad.
Segundo ele, o produto deve se tornar o “carro-chefe”.
O ministro pediu apoio dos industriais para a regulamentação da reforma tributária no Congresso e para a votação do marco dos seguros.
De acordo com Haddad, os Três Poderes estão construindo um novo cenário econômico em aliança com a iniciativa privada.
Ele disse que “o trabalho tem que continuar”, sem se deixar levar por “vozes dissonantes”.
Por Caio Spechoto, Amanda Pupo e Sofia Aguiar
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