O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, anunciou nesta quinta-feira, 9, que o governo federal iniciará nesta sexta-feira, 10, um plano emergencial para retomar o tráfego aéreo no Rio Grande do Sul. Com pistas e aeroportos atingidos pelas enchentes, a saída parcial será a utilização de aeroportos regionais do Estado e de Santa Catarina.
O principal aeroporto gaúcho, o Salgado Filho, em Porto Alegre, está alagado há uma semana e, desde então, está impedido de operar, com voos suspensos até pelo menos o final deste mês. “Todo o operacional do aeroporto está comprometido por dois metros de água”, detalhou em coletiva de imprensa.
Por conta disso, os aeroportos regionais de Santo Angelo, Santa Maria, Uruguaiana e Caxias do Sul já estão sendo utilizados para facilitar o acesso à capital.
A base aérea de Canoas está sendo estruturada pela concessionária Fraport e deve receber voos comerciais nos próximos dias. Além disso, o aeroporto de Florianópolis, em Santa Catarina, terá 21 voos a mais.
Segundo o ministro, a partir disso, será possível ampliar a capacidade de atuais sete mil para 17 mil passageiros semanais nos aeroportos regionais no Rio Grande do Sul.
Já os voos extras para Santa Catarina possibilitarão incremento de três mil assentos semanais – totalizando 20 mil. O alcance desse volume total, porém, depende da oferta e demanda, segundo informou Costa Filho.
Voos extras
Após acordo firmado com o governo, a Azul e a Gol anunciaram novos voos para o Estado. Ao todo, são 22 novas rotas. A Azul informou que realizará 12 voos extras, de 9 a 14 de maio. A Latam anunciou quatro voos semanais extras.
A presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Jurema Monteiro, afirmou que as companhias compreendem o momento e buscarão equacionar o preço das passagens. “É preciso muito cuidado, porque há uma série de questões que precisam ser observadas”, disse a representante, que participou da coletiva com Costa Filho.
O aumento de voos para os aeroportos regionais foi antecedido por medida da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) que flexibilizou a limitação do número de pousos e decolagens diárias.
Por Luiz Araújo
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