O Programa de Revitalização de campos maduros da bacia de Campos aumentou em 17% os volumes produzidos na região, alcançando média anual próxima dos 800 mil barris de petróleo por dia (bpd), segundo levantamento a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).
“Destes volumes, 80% da produção foi em águas fluminenses, que contaram com a entrada em operação de duas novas plataformas no campo de Marlim: FPSO Ana Nery e FPSO Anita Garibaldi”, informa a Firjan no levantamento “Números do Petróleo 2024 – Visão Rio”, que será apresentado na OTC 2024, feira de petróleo e gás que acontece em Houston, Estados Unidos, até a próxima quinta-feira, 9.
Segundo a publicação, em 2023 o número de novos poços destinados ao processo de produção de petróleo e gás em todo País subiu 33% na comparação com o ano anterior, passando de 54 para 72 novos poços. Já a produção média passou de 3,02 milhões de barris diários em 2022 para 3,4 milhões de bpd no ano passado, crescimento de 13%.
“O documento confirma o potencial do Estado do Rio de Janeiro na produção de petróleo e gás no País”, ressalta a Firjan.
Em parceria com a ApexBrasil, que tem este ano o seu maior estande na OTC, a federação fluminense vai apresentar às empresas internacionais os serviços oferecidos pelos Institutos de Tecnologia (ISTs) e de Inovação (ISIs) do Senai e do Sesi, os cursos de qualificação profissional, assim como as parcerias internacionais vigentes.
Santos
O estudo da Firjan mostra ainda que a bacia de Santos, principal região petrolífera do País, aumentou em 12% a produção de óleo no ano passado, alcançando a média de 2,5 milhões de bpd.
“Nesta região, o Estado fluminense responde por 90% do que é extraído. Com isso, em 2023, o Rio de Janeiro aumentou sua representatividade na produção nacional, alcançando 86% do volume total, com 2,9 milhões de barris por dia, dos quais 2,3 milhões foram oriundos de campos no pré-sal”, informa.
De acordo com o vice-presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano, que está à frente da comitiva em Houston, o Rio de Janeiro é o principal destino das oportunidades de óleo e gás do País.
“Além dos diversos benefícios econômicos e sociais que o petróleo atrai, precisamos cultivar os novos mercados relacionados à transição e integração energética a partir das expertises que já desenvolvemos, viabilizando, por exemplo, projetos de eólica offshore e hidrogênio no Norte Fluminense. Isso sem deixar de lado a renovação de nossas reservas de petróleo com campanhas exploratórias nas águas fluminenses, mas também nas novas fronteiras”, afirma.
O levantamento destaca a necessidade de maior atenção quanto à reposição de reservas, dado que a atividade de perfuração de poços exploratórios segue em queda. Mesmo com o Rio reforçando seu potencial ao representar 75% dos poços de exploração perfurados em 2023, frente a 63% em 2022, os poços de exploração perfurados caíram de 11 para apenas oito.
O levantamento “Números do Petróleo 2024 – Visão Rio” ressalta que em função do câmbio e dos preços do barril no ano passado houve queda na arrecadação em 2023. Mesmo assim, os números atingiram valores significativos, impulsionados pelo aumento da produção.
“Os valores totais no País em royalties e participações especiais alcançaram a segunda maior cifra da série histórica, com mais de R$ 93 bilhões. Dada a sua representatividade na produção e os impactos decorrentes da atividade petrolífera, o Estado do Rio e os municípios fluminenses, entre participações especiais e royalties, receberam cerca de R$ 42 bilhões do montante total”, informa.
Por Denise Luna
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