O Banco do Brasil ajudou a formular bases e parâmetros do Acredita, o programa de crédito lançado pelo governo federal nesta segunda-feira, 22. Agora, atuará na oferta de linhas de crédito previstas pela iniciativa, que tem quatro frentes. O foco são as micro, pequenas e médias empresas, público que a que o BB tem dado atenção tanto na concessão de crédito quanto na oferta de serviços.
“No programa lançado hoje, o papel do BB vai muito além de operador financeiro. Conhecemos a fundo as necessidades dos nossos clientes e usamos essa expertise para atuar, junto aos Ministérios, para formatar as bases, regras e parâmetros das operações”, diz em nota a presidente do banco, Tarciana Medeiros. “Participamos da modelagem, de forma conjunta, no desenvolvimento e melhorias das soluções que estão sendo anunciadas.”
A executiva participou da cerimônia de lançamento do programa, que aconteceu no Palácio do Planalto. O Acredita envolve um programa de microcrédito destinado aos inscritos no Cadastro Único (CadÚnico); uma iniciativa para microempreendedores individuais (MEIs), micro e pequenas empresas, que inclui a renegociação de dívidas do Pronampe; o estímulo ao mercado secundário de crédito imobiliário; e o Eco Invest Brasil, que dá proteção cambial a investimentos em projetos ambientalmente sustentáveis.
O Procred será garantido pelo Fundo Garantidor de Operações (FGO), gerido pelo BB e que também assegura as operações do Desenrola e do Pronampe. No caso do Desenrola, o governo estenderá as renegociações de dívida a empresas, que antes estavam fora do escopo do programa.
No ano passado, o BB estendeu as condições de renegociação do Desenrola a micro e pequenas empresas, ainda que não houvesse a garantia do governo. Com isso, chegou a R$ 28 bilhões, que Medeiros afirma que foram renegociados seguindo as boas práticas de mercado.
“E é toda essa expertise que vamos continuar disponibilizando e ampliar às nossas MPEs que precisam desenrolar”, afirmou ela, no lançamento do Acredita.
O BB tem cerca de 3 milhões de clientes que são micro e pequenos empreendedores, e encerrou 2023 com carteira de crédito de mais de R$ 103 bilhões para este público, um aumento de mais de 20% em relação a 2022. “Foram aproximadamente 4 milhões de empregos mantidos pelas 800 mil micros, pequenas e médias empresas que possuem crédito no BB”, diz a presidente do banco.
Ao todo, o banco liberou R$ 97 bilhões para 282 mil MPEs, sendo que mais de 100 mil delas são dirigidas por mulheres, outro foco das ações do governo federal anunciadas nesta segunda-feira.
Por Matheus Piovesana
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