O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, evitou comentar nesta segunda-feira, 8, sobre eventual troca de comando da Petrobras. Haddad disse que o assunto não está na sua alçada e reforçou que não discute esse tema com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
Como mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), Haddad foi chamado no domingo para retornar a Brasília para participar de uma reunião com Lula sobre o futuro da estatal. A expectativa girava em torno da possibilidade de demissão do atual presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. O chefe do Executivo, no entanto, se irritou com o vazamento e cancelou o encontro.
Até o momento, não há uma decisão se Prates continuará ou não no comando da Petrobras. Interlocutores do governo avaliam que, se Lula de fato decidir demiti-lo, o anúncio seria feito apenas após o fechamento do mercado. O consenso é de que é preciso tomar uma medida em breve para evitar que as ações da empresa continuem em queda.
Desde a semana passada, após os rumores sobre a saída de Prates, passou a se especular em Brasília quem poderia tomar o posto. O nome do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, aparece, até o momento, como o mais cotado.
Não está descartada, no entanto, a possibilidade de manter o atual presidente da Petrobras no cargo e costurar um “meio-termo” para apaziguar os ânimos entre integrantes do governo.
Como mostrou o Broadcast, um arranjo alternativo seria Mercadante na presidência do conselho da estatal, mediando conflitos entre a diretoria e demais integrantes indicados pelo Poder Executivo, enquanto Prates manteria o cargo, mas com foco na parte operacional da empresa.
Por Giordanna Neves e Amanda Pupo
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