No título da nota publicada anteriormente, a grafia correta do nome da empresa é Hurst, e não Hurts, como constou. Segue novamente a nota com o título corrigido.
A plataforma de investimentos alternativos Hurst lança a primeira oferta no Brasil de royalties musicais internacionais. Batizada de Money on Top, está disponível aos investidores por meio de uma oferta pública de Certificados de Recebíveis (CRs), dentro das normas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), realizada com exclusividade pela Hurst. O catálogo conta com canções interpretadas por nomes como Beyoncé e Justin Bieber, além dos astros do rap americano Nas e Mos Def.
A operação terá duração de 48 meses e o aporte mínimo é de R$ 10 mil, com uma taxa de retorno estimada em 7% ao ano em euro, dentro do cenário base, como antecipa a Hurst ao Broadcast. O investimento irá financiar a Músicas do Brasil Ltda por meio da aquisição de direitos creditórios originados em parceria com a ANote Music e correspondentes a recebíveis oriundos da exploração econômica futura dos catálogos da operação.
“A rentabilidade da operação advém do número de vezes que as músicas do catálogo são tocadas mundialmente, seja nas plataformas de áudio ou vídeo”, explica o CEO da Hurst Capital, Arthur Farache.
O CEO da Hurst avalia o lançamento como uma excelente oportunidade para o investidor diversificar a carteira, obtendo rentabilidade em uma moeda forte com baixo risco, já que são ativos sem correlação com o cenário econômico mundial. Segundo Farache, esta é a primeira operação dentre muitas que a Hurst pretende lançar com catálogos internacionais. “É um mercado enorme a ser explorado e que apresenta menor risco aos investidores”, afirma.
Os royalties foram originados pela MUV Capital, empresa de investimentos de royalties de música e de filme do ecossistema da Hurst. Ana Gabriela Mathias, COO da MUV Capital, conta que desde 2020, quando a empresa começou a operação, já adquiriu mais de 240 catálogos, e alocou R$ 180 milhões, todos brasileiros.
“Aprendemos e amadurecemos bastante nosso processo de underwriting e modelagem neste período, e este ano passamos a olhar para o mercado internacional. Foi um trabalho bem detalhado de como poderíamos viabilizar operações de investimento em catálogos estrangeiros e que ao mesmo tempo tivesse uma relação de risco e retorno interessante para o investidor”, explica Ana Mathias.
Além do estudo de viabilidade, o segundo desafio era conseguir nomes de peso da música internacional que estivessem dispostos a negociar os seus catálogos e que apresentassem uma rentabilidade atrativa. A MUV conseguiu originar os dois catálogos que fazem parte desta operação. O primeiro é de fonogramas interpretados e gravados pela cantora Beyoncé para a trilha sonora do filme Cadillac Records, já o segundo conta com os fonogramas de Steve James, produtor musical de Justin Bieber.
Cadillac Records é uma biografia musical, que narra a trajetória da Chess Records – gravadora americana fundada por dois judeus imigrantes que se tornou um ícone gravando grandes nomes como Etta Jones, Chuck Berry, Willie Dixon, Muddy Walter. O drama foi lançado em 2008 com um elenco icônico: além da Beyoncé (interpreta Etta James), conta com a participação do astro do rap americano Mos Def (interpreta Chuck Berry), e o ator Adrien Brody (O Pianista, King Kong, O Grande Hotel Budapeste e etc.).
A trilha foi nomeada a diversos prêmios do Grammy, sendo que Beyoncé levou o prêmio de Melhor Performance Tradicional de R&B com a canção At Last, na qual a cantora interpreta Etta James. Na posse do presidente Barack Obama (EUA), em 2009, ele e a sua esposa, Michelle, dançaram o clássico embalados pela emblemática interpretação de Beyoncé.
Steve James, além de produtor musical, é compositor e DJ na indústria americana, a maior do mundo. Em uma ascendente cena do pop, Steve colaborou na produção de diversas músicas para grandes artistas, dentre eles Justin Bieber, Martin Garrix e Little Mix. Sua maior colaboração está em “Purpose”, do álbum de mesmo nome de Bieber. Nele, James marcou o seu estrelato como produtor musical, em 2015.
“É uma grande oportunidade de investir em canções de artistas internacionais e de grande fama. São catálogos sem fronteiras, compostos por músicas interpretadas em língua inglesa e por grandes artistas, fatos que permitem alcance ao mercado global de entretenimento”, diz explica Farache, Hurst. Conforme o executivo, a seleção do catálogo tem como foco investidores interessados em uma conceituada diversificação na carteira de investimentos.
Por Maria Regina Silva
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