A Petrobras adquiriu certificados internacionais que atestam que 100% da energia elétrica utilizada em suas operações industriais e administrativas no Brasil, no último ano, foi gerada a partir de fontes renováveis. O documento I-REC (Renewable Energy Certificate) garante que a energia elétrica adquirida pela companhia, de fornecedores externos, originou-se unicamente de fontes hidrelétrica, eólica ou solar. Isso significa neutralizar as emissões do chamado “escopo 2”, originadas a partir de emissões associadas ao consumo de energia de um fornecedor externo.
A aquisição dos certificados é uma iniciativa incorporada pela companhia no ano passado, dentro da sua trajetória de descarbonização.
As comprovações do consumo são emitidas pelas empresas geradoras de energia e requisitados pelos consumidores interessados em assegurar a origem renovável da energia utilizada. No caso da Petrobras, a AES Brasil, Cemig e Eletrobras, por meio da sua subsidiária Furnas, forneceram os certificados I-REC.
Além da energia elétrica de terceiros, a Petrobras também utiliza energia elétrica gerada em suas próprias instalações, como plataformas e refinarias. Nesse caso, as emissões diretas de gases de efeito estufa (GEE), resultantes de operações da própria companhia, são consideradas de “escopo 1”.
Na média, no período 2024-28, o investimento em baixo carbono representa 11% do investimento total da Petrobras, indicando avanços na posição da companhia. A previsão é que o investimento em baixo carbono ganhe espaço gradualmente no portfólio da empresa ao longo do período, chegando a 16% em 2028.
“Temos a ambição de atingir a neutralidade das emissões operacionais até 2050 e certificados como esses mostram que estamos em uma busca contínua por resultados e não poupamos esforços para atingir nossos objetivos. Associada a essa iniciativa, no PE 2024-2028+ a nossa capacidade total de geração de energia elétrica por meio de fontes renováveis próprias pode alcançar 50% até 2030, em integração com geração termelétrica eficiente e segura”, afirma o diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Maurício Tolmasquim, em nota.
“É muito importante termos mecanismos de mercado para remunerar investimentos em baixo carbono e propiciar rotas de descarbonização para as empresas. Acreditamos que o IREC é um mecanismo relevante para o mercado de eletricidade”, acrescenta a gerente executiva de Mudança Climática e Descarbonização”, Viviana Coelho.
Por Isabela Moya
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