A escola Beacon School, localizada na Vila Leopoldina, zona oeste de São Paulo, suspendeu por tempo indeterminado seis estudantes do 9º ano do ensino fundamental pela prática de antissemitismo contra um aluno judeu, matriculado na mesma instituição. Todos os envolvidos estão na mesma turma e têm entre 13 e 14 anos.
De acordo com a assessoria da escola, os responsáveis pelas agressões teriam desenhado a suástica, símbolo usado pelo movimento nazista, no caderno da vítima. O colégio soube do caso pelos pais do estudante que foi alvo dos insultos.
“Tão logo tomou conhecimento sobre o episódio de antissemitismo na escola, a Beacon School adotou, imediatamente, uma série de medidas, incluindo o afastamento dos alunos agressores e acolhimento à família afetada”, disse a escola, em nota.
A instituição não determinou uma data para o retorno dos seis alunos, e informou que está colhendo mais detalhes do episódio para determinar como dará seguimento ao caso. “A Beacon está investigando cuidadosamente os fatos, para que as sanções sejam aplicadas de forma responsável”, informou o comunicado.
O antissemitismo é a prática de ofender, agredir e discriminar preconceituosamente pessoas de origem judaica. A suástica, desenhada no caderno do estudante, é um símbolo usado pelo movimento nazista que perseguiu e matou judeus, durante a 2ª Guerra Mundial.
O episódio acontece também em meio aos conflitos entre o Exército de Israel e o grupo terrorista Hamas, na Faixa de Gaza.
Na nota, a Beacon School diz repudiar “toda e qualquer manifestação de ódio” e afirma ser contra a todas as “formas de discriminação, tanto dentro, quanto fora do ambiente escolar, seja ela relacionada à nacionalidade, etnia, religião, raça, gênero ou quaisquer outros aspectos”.
Diante do ocorrido, a escola diz que vai fazer mais trabalhos de conscientização com os estudantes sobre a necessidade de não praticar a discriminação, com a inclusão de um Grupo de Trabalho focado no combate ao antissemitismo.
“A Beacon reitera o compromisso de atuar com celeridade diante de qualquer situação discriminatória, apurando os fatos em detalhe e com firmeza, aplicando as sanções cabíveis, incentivando sempre a reflexão para estimular a aprendizagem com o objetivo de formar cidadãos éticos, conscientes e comprometidos com a construção de uma sociedade mais pacífica e igualitária”, destacou a escola no comunicado.
Por Caio Possati
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