O diretor de Processos Industriais e Produtos da Petrobras, William França, disse nesta sexta-feira, 8, que a estatal reservou R$ 3,8 bilhões em capex corrente para manutenção de refinarias em 2024. Em 2023, os investimentos dessa natureza somaram R$ 3,1 bilhões.
Houve paradas programadas para manutenção ou melhorias de relevo em pelo menos quatro refinarias da Petrobras (RPBC, Refap, Reduc e Regap), segundo a apresentação de França na teleconferência a investidores sobre os resultados do quatro trimestre de 2023.
O aumento, segundo França, vem para manter a confiabilidade da operação do parque de refino da Petrobras e para fazer frente ao aumento planejado de produção. De fato, o fator de utilização total (FUT) alcançou 92% em 2023, o mais alto desde 2014.
Esse FUT, disse o diretor, saltou de 88% em 2022 para 92% em 2023. Também houve aumento da carga processada de óleo bruto do pré-sal, que saltou de 62% para 65%.
Retorno a fertilizantes
França reiterou, ainda, que a Petrobras está “trabalhando forte” para ser um player no negócio de fertilizantes e não apenas uma fábrica, o que seguiria diretriz estratégica aprovada pelo Conselho de Administração da estatal.
Na apresentação, ele cita a Unidade de Fertilizantes III, em processo de reavaliação; o estudo de alternativas para a retomada da produção da Ansa; e estudos de parcerias no segmento, em plantas atuais ou novas e para a descarbonização da produção.
O mesmo valeria para Petroquímica, ramo em que a estatal já tem participação na Braskem, passível de aumento, e avalia novas oportunidades. Neste caso, cita a ambição de integração com o refino e de encontrar alternativas para investimento na produção de químicos básicos e resinas.
Por Gabriel Vasconcelos e Denise Luna
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