A concessionária do aeroporto internacional do Rio de Janeiro, o Galeão, a prefeitura e o governo do Estado anunciaram nesta terça-feira, 9, a criação de um fundo com até R$ 300 milhões para fomentar a atividade do aeroporto.
O objetivo, disse o prefeito do Rio, Eduardo Paes, é promover o Galeão em paralelo às novas regras de coordenação de fluxo de passageiros que limitam o número anual de passageiros do aeroporto doméstico Santos Dumont a 6,5 milhões.
Inicialmente, com relação ao fundo, a RioGaleão, controlada pelo grupo Changi, de Cingapura, vai entrar com R$ 150 milhões, e prefeitura e governo do Estado com outros R$ 120 milhões, perfazendo R$ 270 milhões até o momento.
Não há prazo para o investimento que, segundo o secretário de desenvolvimento econômico da Prefeitura do Rio, Chicão Bulhões, servirá à promoção do destino turístico – ou seja, propaganda – e para subvencionar as taxas pagas pelas empresas aéreas.
Objetivamente, disse Bulhões ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), trata-se de 100% de desconto nas tarifas de pouso e permanência de rotas novas e da frequência das rotas existentes, e R$ 10 de bônus por cada passageiro de nova rota.
Estavam presentes no evento os presidentes da Gol, Celso Ferrer, e da Latam, Jerome Cadier, além do diretor de Relações Institucionais da Azul, Fábio Campos.
Em discurso, todos reforçaram a centralidade do Rio de Janeiro e do Galeão mas operações das companhias aéreas, estimando aumento relevante no fluxo de passageiros já em 2024.
Expectativa
Presidente da RioGaleão, Alexandre Monteiro, disse esperar um fluxo de 14 milhões de passageiros no Galeão em 2024, 77,2% a mais que o registrado em 2023.
Para além do fundo de fomento com o poder público, Monteiro afirmou que a concessionária planeja investir R$ 110 milhões em manutenção e melhorias do aeroporto em 2024. Em 2023, disse o executivo, foram R$ 50 milhões investidos, sendo R$ 15 milhões no último trimestre.
Monteiro não quis falar sobre a negociação do reequilíbrio do contrato de concessão do Galeão com o governo federal, mas informou que o processo está em andamento.
Sobre isso, Paes voltou a dizer que os contratos de concessão de aeroportos no País precisam ser reequilibrados.
“As concessionárias entraram aqui (Brasil) pagando outorga alta. A realidade da economia na época das concessões era muito diferente (melhor) do que aquela que o Brasil viveu nos últimos anos. Ali por 2012, 2013, teve aquela capa da (revista) The Economist com o Cristo Redentor decolando. Depois tivemos várias capas com ele em queda”, afirmou Paes.
Por Gabriel Vasconcelos
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