O investidor bilionário Nelson Peltz renunciou ao seu posto no Simon Wiesenthal Center depois que a organização judaica pediu que pessoas não comprem sorvete Ben & Jerry’s. Peltz, que é membro do conselho da Unilever, controladora da Ben & Jerry’s, deixou o cargo em 12 de dezembro, segundo pessoas familiarizadas com o assunto. Sua empresa, Trian Fund Management, é acionista da Unilever.
O Centro Wiesenthal, que já criticou o apoio da Ben & Jerry’s aos palestinos, levantou novas objeções à marca em uma publicação no X (antigo Twitter) no início deste mês, depois que seu presidente independente condenou as ações de Israel em Gaza.
Peltz ficou desapontado porque o centro não o consultou primeiro sobre o post e ligou para seu rabino para emitir sua renúncia imediata depois que soube disso, de acordo com uma pessoa familiarizada com o assunto. Ele estava envolvido com o centro desde a década de 1980 e estava pronto para partir devido às suas inúmeras outras responsabilidades, disse a fonte. A renúncia de Peltz não foi anunciada publicamente.
Em 8 de dezembro, a conta do Wiesenthal Center no X publicou que a Ben & Jerry’s estava “justificando” o massacre de 7 de outubro pelo Hamas. “Ninguém deveria gastar um centavo em seus produtos”, acrescentou.
A publicação apresentava uma foto da presidente da Ben & Jerry’s, Anuradha Mittal, que em sua conta privada no X apoiou um cessar-fogo permanente entre Israel e o Hamas. Mittal, que também dirige um think tank em Oakland, Califórnia, focado em causas progressistas, tem postado regularmente sobre o conflito.
A Ben & Jerry’s não publicou nas suas próprias contas de redes sociais nem comentou em qualquer outro lugar sobre o conflito em Gaza.
Peltz, de 81 anos, era presidente do conselho de administração do centro. Ele também foi um importante doador para a entidade, que leva o nome de um sobrevivente austríaco do Holocausto que dedicou sua vida a rastrear criminosos de guerra nazistas. Fonte: Dow Jones Newswires.
Por Dow Jones Newswires
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