A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) afirmou, em nota, que o atual cenário do preço de passagens aéreas no Brasil segue movimento semelhante ao dos demais mercados em todo o mundo. “Em todo o mundo, as companhias aéreas ainda buscam neutralizar os impactos gerados pela maior crise de sua história”, afirma a nota da entidade.
O governo federal tem pressionado as empresas aéreas a apresentarem medidas para reduzir o preço das passagens.
Na semana passada, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou que as companhias vão lançar um pacote de redução de preços para trechos nacionais no dia 20 de dezembro.
“A tarifa média das passagens aéreas acompanha os efeitos externos”, aponta a Abear. “A aviação é um setor afetado pelo câmbio do dólar e o preço dos combustíveis”, diz a nota.
Dados da Anac mostram que a tarifa média doméstica de janeiro a setembro de 2023 teve alta de 14% em relação ao mesmo período de 2019. Já o querosene de aviação, no mesmo período de comparação, subiu 86%.
Na nota, a Abear cita como exemplo, o estudo da Cirium, empresa de análise de aviação que mostra que os preços médios dos bilhetes para centenas das rotas mais populares do mundo aumentaram 27,4% desde o início de 2022. A entidade também destaca a comparação do mercado brasileiro com o norte-americano.
Nos Estados Unidos, a tarifa aérea média do segundo trimestre de 2023 segue 10% acima do mesmo período em 2019, segundo dados do Departamento de Transporte dos EUA (DoT, na sigla em inglês). Enquanto isso, no Brasil, o valor médio dos bilhetes teve queda de 1,2%, no mesmo período de comparação, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Segundo dados da Anac, a tarifa média de passagens aéreas ficou em R$ 602,74, de janeiro a setembro de 2023. Isso representa queda de 8%, na comparação com mesmo período de 2022, e alta de 13,7%, comparando com 2019.
Por Ana Rita Cunha, especial para a AE
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