O deputado estadual de Minas Gerais Ulysses Gomes (PT) afirmou nesta sexta-feira, 8, que a oposição ao governo Zema está unida para apresentar uma proposta alternativa ao plano de recuperação fiscal do Estado, mas observou que a ideia de federalização de estatais (Cemig e Copasa), levantada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), gera “divergências” no Estado. A declaração foi dada após uma reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que recebeu o parlamentar e outros deputados estaduais e federais mineiros.
“Viemos manifestar compreensão e apoio ao movimento de alternativa ao plano, contrários ao modelo de regime apresentado por Zema. Há movimento contra esse regime e unidade para apoiar alternativa”, disse Gomes.
Recentemente, o presidente do Senado, que é mineiro, passou a liderar um movimento que busca construir uma alternativa ao plano de recuperação do Estado, governado por Zema, do Partido Novo.
Desde então, Pacheco já defendeu que federalizar a Cemig e a Copasa seria uma forma mais ágil de reduzir a dívida com a União.
Na quinta-feira, Haddad esteve reunido com o senador e, após o encontro, anunciou que o governo federal pedirá uma extensão do prazo para que Minas Gerais continue sem pagar sua dívida até 31 de março de 2024.
Segundo Haddad, a expectativa é que até lá haja um acordo do governo estadual com o Congresso e com a União.
Ao falar pela comitiva que visitou o ministro da Fazenda nesta sexta, o deputado estadual Ulysses Gomes foi questionado se a proposta que une a oposição a Zema seria a alternativa apresentada por Pacheco.
Apesar de endossar a liderança do senador nas articulações, o deputado estadual apontou que a saída não será via “uma ou duas propostas”.
“As propostas que estão na mesa serão submetidas ao Congresso. De nossa parte, viemos mostrar unidade contrária ao atual regime”, disse Gomes, questionado em seguida sobre a ideia de federalização das estatais mineiras para abater na dívida com a União. “Essa é uma ideia que tem divergência de encaminhamento. Seja na ideia de federalização ou outra, tem que ter um princípio, o de resolver o problema da dívida. É uma motivação importante, mas temos divergência de movimentos, sindicatos, deputados, que têm compreensão divergente. Vamos resolver no diálogo”, respondeu.
Por Amanda Pupo e Fernanda Trisotto
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