A cotação do barril do petróleo não é a única referência para o reajuste de preços da Petrobras, afirmou nesta sexta-feira, 24, o presidente da estatal, Jean Paul Prates, descartando, mais uma vez, qualquer pressão do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, para que a empresa reduza neste momento os valores dos combustíveis.
“O preço do barril não é mais a única variável que a gente observa, tem que observar também a curva de outros produtos, e não está mais na ditadura do PPI (política de paridade de importação), nós não estamos mais reajustando preços em tempo real e em dólar, isso é uma prática para países que importam 100% do seu petróleo e 100% do seu produto”, disse o executivo, após coletiva de imprensa para explicar o Plano Estratégico 2024-2028 da companhia, divulgado na noite de quinta-feira.
Prates lembrou que a Petrobras já acabou com PPI, que obrigava a empresa a trazer volatilidade para o mercado interno, mas não quis antecipar nenhum movimento em relação a possíveis reajustes.
“A nossa nova estratégia permite não trazer volatilidade para o mercado brasileiro”, afirmou o presidente da Petrobras. “Nós trouxemos para o preço os fatores nacionais, isso permite fazer ajuste em patamares”, explicou.
Substituição
Sobre os rumores desta semana em relação a uma possível substituição de Prates na presidência da empresa, o executivo afirmou que em momento nenhum se sentiu ameaçado, e que tem a total confiança de Lula.
“O que saiu foi uma notícia só. A gente está aqui para enfrentar boatos, maledicências, fogo amigo, enfrentar tudo. Estamos aqui nomeado pelo próprio presidente Lula. Quem está aqui tem que estar preparado para isso”, destacou Prates.
Por Denise Luna e Gabriel Vasconcelos
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