Tropas em solo de Israel avançavam pela Faixa de Gaza nesta quinta-feira, enquanto os Estados Unidos e países árabes intensificavam esforços diplomáticos para relaxar o cerco ao enclave governado pelo Hamas e conseguir ao menos uma breve pausa no conflito para ajudar civis.
Na quarta-feira, o presidente americano, Joe Biden, sugeriu uma “pausa” humanitária, enquanto centenas de pessoas com passaporte estrangeiro e palestinos feridos receberam aval para deixar Gaza pela primeira vez, pela passagem de Rafah ao Egito. O secretário de Estado americano, Antony Blinken, deve voltar à região na sexta-feira.
Os países árabes, entre eles aliados dos EUA e em paz com Israel, demonstram insatisfação com a guerra. A Jordânia convocou seu embaixador em Israel e disse ao enviado israelense que ele deve ficar fora do país até que pare a “catástrofe humanitária”. Mais de 3.600 crianças palestinas foram mortas em 25 dias de confronto, enquanto os bombardeios levam centenas de milhares de pessoas a fugir de suas casas, enquanto a comida, a água e o combustível escasseiam.
O confronto começou quando o Hamas lançou uma sangrenta incursão em 7 de outubro em Israel, na qual matou centenas de homens, mulheres e crianças. Cerca de 240 pessoas foram capturadas. Os EUA têm reafirmado apoio incondicional a Israel e buscam tirar o Hamas do poder em Gaza, bem como destruir suas capacidades militares. A abertura para a saída de pessoas por Rafah ocorreu após semanas de conversas entre Egito, Israel, os EUA e o Catar, este um mediador com o Hamas.
Foguetes de Gaza atingiam Israel, e escaramuças diárias entre Israel e militantes do Hezbollah no Líbano afetavam a vida de milhões de israelenses, além de forçar estimados 250 mil a deixar suas casas em zonas fronteiriças no norte e no sul do país. Já o Ministério de Saúde de Gaza afirmava que mais de 8.800 palestinos foram mortos no confronto, em sua maioria mulheres e menores de idade, com mais de 22 mil feridos. Mais de 1.400 pessoas morreram do lado israelense, muitos deles civis mortos durante o ataque inicial do Hamas. Nos dois casos, a escala das vítimas é sem precedentes nesses conflitos. Fonte: Associated Press.
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