A confiança da indústria caiu em outubro em todos os portes (pequenas, médias e grandes), mas com maior intensidade nas pequenas e médias indústrias. Segundo pesquisa do Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) setorial, a queda foi percebida em 18 dos 29 setores em todas as regiões do Brasil, com exceção da região Nordeste.
O Icei varia de zero a 100 pontos. Valores acima de 50 pontos indicam confiança do empresário e abaixo, falta de confiança. A pesquisa mostra que migraram da confiança para a falta de confiança seis setores: equipamentos de informática, eletrônicos e ópticos, Máquinas e equipamentos, Obras de infraestrutura, Celulose e papel, Calçados e suas partes e Metalurgia. Por outro lado, dois setores saíram da situação de falta de confiança para confiança: veículos automotores e produtos de material plástico. Assim, em outubro, 15 dos 29 setores mostraram-se confiantes e 14 registraram falta de confiança.
Os setores mais confiantes, segundo a pesquisa, são: farmoquímicos e farmacêuticos (57,7 pontos); manutenção e reparação (55,2); produtos diversos (54,1); bebidas (54,0). Os setores menos confiantes em outubro são: produtos de borracha (42,2 pontos); couros e artefatos de couro (44,6); madeira (45,6); produtos de minerais não metálicos (46,0).
A pesquisa revela que a confiança caiu em todos os portes de indústria em outubro, sendo os maiores recuos nas empresas médias – queda de um ponto – e pequenas, recuo de 0,9 ponto. Nas grandes indústrias, a queda foi moderada, de 0,2 ponto. “Com o resultado, as pequenas e médias indústrias, que registravam confiança positiva ou neutra até setembro, passam a registrar falta de confiança em outubro. Dessa forma, apenas as grandes empresas seguem confiantes”, destaca a CNI.
Por região, a confiança da indústria avançou 1,8 ponto no Nordeste, mas caiu em todas as demais regiões em outubro. O recuo mais intenso foi nas regiões Centro-Oeste (-1,8 ponto) e Sudeste (-1,7 ponto).
Para o levantamento, foram ouvidas 2.044 empresas, sendo 832 de pequeno porte, 730 de médio porte e 482 de grande porte. As entrevistas foram feitas de 2 a 12 de outubro.
Por Sandra Manfrini
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