O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou nesta terça-feira, 5, que a companhia vai crescer no mercado de créditos de carbono porque acredita no instrumento. Prates definiu a primeira compra da Petrobras nesse mercado, de 175 mil créditos de carbono, como uma “participação piloto inaugural” da Petrobras. A operação foi antecipada pelo Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) no último dia 17.
A estatal comunicou no período da manhã desta terça ao mercado a operação no mercado voluntário de créditos de carbono. Os créditos, certificados pela Verra segundo o padrão VCS (Verified Carbon Standard), correspondem à preservação de uma área de 570 hectares da floresta amazônica, equivalente a cerca de 800 campos de futebol como o do Maracanã, informa a empresa.
O Plano Estratégico da Petrobras 2023-27, que será substituído em novembro pela estratégia até 2028, traz uma previsão de investimentos de até US$ 120 milhões em créditos de carbono em cinco anos. Nas declarações, feitas por meio de um vídeo, Prates indica que a companhia deve avançar com operações do tipo.
“Esse é um marco fundamental da estratégia de descarbonização. No ano em que completa 70 anos de história, a Petrobras acaba de ingressar no mercado voluntário de créditos de carbono. Essa é uma participação piloto inaugural da Petrobras. Nós vamos crescer nesse mercado, acreditamos no mercado de carbono justamente como elemento e instrumento essencial para enfrentamento das mudanças climáticas como prevê o acordo de Paris, além de promover desenvolvimento sustentável”, disse Prates.
Ele afirmou que , além dos benefícios climáticos e ambientais, os créditos comprados vão gerar benefícios econômicos e sociais em prol das comunidades da região do Feijó, no Acre, onde fica a área preservada.
O ex-senador ainda reiterou que o Brasil tem enorme potencial para liderar o mercado de carbono mundial justamente por abrigar a maior biodiversidade do planeta e reforçou a manutenção de esforços para reduzir as emissões associadas às operações da companhia e seus produtos.
Por Gabriel Vasconcelos
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