O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, chamou de “especulação” a notícia de que a companhia estaria em negociação com o Ministério da Fazenda para o pagamento de um passivo que poderia render até R$ 30 bilhões aos cofres da União a partir das novas regras do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). Segundo Prates, “ninguém falou disso”.
“Criou-se uma especulação mais uma vez, essas coisas acontecem, o mercado é cheio de pessoas que falam algumas coisas, colocam lá e aquilo inclusive prejudicou ontem o valor da ação. Isso não tem menor cabimento”, disse o presidente da estatal.
Segundo Prates, “a Petrobras negocia trabalha e não é negociação como quem compra e vende alguma coisa, é um trabalho de estudo coletivo, com várias entidades fiscais, em várias instâncias nacionais, a União, os Estados, os municípios”.
“O que estamos fazendo como gestão nova é justamente fazer um balanço de tudo que a gente tem em relação aos Estados e à União e fazer um trabalho de procurar essas autoridades fiscais para ver como pode resolver da forma mais produtiva para os dois lados. Agora isso não é acordo, não é coisa de sentar com ministro e em dois minutos resolver o problema ou prometer uma meta de arrecadação. Não tem nenhum fundamento isso”, disse Prates.
A negociação da Petrobras com a Fazenda em torno desse passivo seria a principal fonte de recursos com os quais a equipe econômica estaria contando para zerar o déficit das contas públicas no ano que vem, apurou o Estadão/Broadcast.
O pagamento serviria para encerrar litígios da Petrobras com a Receita Federal a partir das novas regras do Carf, cujo projeto está em negociação no Senado após aprovação na Câmara.
Por Gabriel Hirabahasi e Giordanna Neves
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